terça-feira, 15 de julho de 2014

Personalizando os celulares e...as Bactérias também?



Telefones celulares são onipresentes, acompanhando-nos onde formos. E isto reflete-se na mistura microbiana encontrada nos celulares, que é muito semelhante àquela dos usuários, de acordo com um estudo americano publicado na "PeerJ".

Para o estudo, pesquisadores da Universidade de Oregon (Eugene) sequenciaram micróbios dos dedos indicadores da mão dominante e polegares de 17 sujeitos e das telas de toque dos seus smartphones. O estudo mostrou que o microbioma dos smartphones era bastante parecido com o dos dedos dos seus donos, com 82 por cento das bactérias mais comuns nos dedos dos participantes também encontradas nos seus telefones. Interessantemente, a conexão microbiológica das mulheres com seus telefones era maior do que a dos homens. As bactérias mais comumente encontradas foram de três gêneros que estão sempre presentes em humanos: Streptococcus, Staphylococcus e Corynebacterium. No geral, os pesquisadores encontraram mais de 7.000 tipos diferentes de bactérias.

"Este projeto era uma prova de conceito para verificar se nossos bens preferidos e mais próximos se parecem conosco no que se refere à microbiota," disse o autor principal do estudo James F. Meadow. Usos futuros poderiam incluir tecnologias de sequenciamento em tempo real para rastrear os smartphones de profissionais da saúde e visitantes de hospitais, em vez das próprias pessoas, quanto a possíveis exposições a patógenos que poderiam ser carregados para dentro ou para fora das instituições de saúde, explicou Meadow.


FONTE: UNIVADIS


Nota do NEFROADVEN:

A microbiota ou o habitat natural das bactérias difere de pessoa a pessoa de forma que cada um tem a composição "personalizada" de espécies e cepas de bactérias e também de vírus. Ao entrar em contato com superfícies ou objetos de uso pessoal de outra pessoa, há uma transmissão de populações de bactérias de uma superfície a outra de forma a alterar a microbiota natural. Isso quando ocorre em situações normais entre duas pessoas ditas imunocompetentes ou com as defesas e barreiras íntegras, não há muito problema. Contudo, quando há queda na resistência de uma das pessoas envolvidas, essa mudança de microbiota poderá influenciar no desenvolvimento de doenças desde as mais simples como um resfriado ou faringoamigdalites até algo mais grave como estafilococias. Por isso, cuidado ao "emprestar" seu aparelho celular ou qualquer objeto de uso pessoal. O importante é lavar sempre que possível as mãos.

Mário Lobato


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