Sabe-se bem que o estilo de vida de uma pessoa afeta seu risco de câncer.
Cientistas suíços já demostraram que isto é ao menos parcialmente o resultado
dos efeitos dos fatores de estilo de vida no genoma. Enquanto o envelhecimento
é desacelerado pelo uso frequente de aspirina, o tabagismo o acelera. O estudo
foi publicado no "Journal of the National Cancer Institute".
Cientistas da Universidade de Basileia examinaram amostras de tecido
intestinal de 550 mulheres com mais de 50 anos, no que diz respeito a grupos
metil específicos do DNA. Com estes, a célula sabe quais genes ler e qual
função ela deve desempenhar. Porém, ao longo do tempo os marcadores mudam,
contribuindo desse modo para o desenvolvimento de câncer.
Agora os pesquisadores compararam os grupos metil com informações
fornecidas por mulheres com relação ao seu estilo de vida. Eles descobriram que
o uso frequente de aspirina e o tabagismo levam a mudanças nos marcadores
genéticos – entretanto, com efeitos opostos: enquanto o tabagismo acelerava os
efeitos, a aspirina os desacelerava. Genes associados ao desenvolvimento de
câncer são particularmente afetados por isto, disse a autora principal Faiza
Noreen.
Mas os pesquisadores alertaram contra o consumo de aspirina apenas para
prevenção de câncer sem antes consultar um médico. Especialmente porque o
fármaco também pode desencadear vários efeitos colaterais.
FONTE: Univadis
Nota do NEFROADVEN:
A exemplo de muitas pesquisas, não podemos tomar conclusões precipitadas e ir a cabo com esta notícia a ponto de receitarmos Aspirina para tudo e para todos. O trabalho reforça uma teoria que precisa de dados mais expressivos colhidos por meio de estudos controlados, randomizados, metanálises etc. A aspirina tem propriedades benéficas, mas não é isenta de efeitos colaterais como úlceras gastrointestinais, alergias, sangramentos frequentes, AVEs (Acidentes Vasculares Encefálicos) etc. O melhor a ser feito é procurar orientação médica, pois cada caso é um caso.
Mário Lobato
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