Levantamento foi feito
pela emissora de TV americana 'CNN'. Acusações também incluem posse de pornografia infantil.
Pelo menos 35
funcionários da Disney World foram presos desde 2006 nos Estados Unidos por
acusações de pedofilia e posse de pornografia infantil, informou a emissora
americana “CNN” nesta terça-feira (15).
Os dados fazem parte de
uma investigação em andamento há seis meses feita pela emissora, que examinou
registros policiais e de tribunais e entrevistou policiais envolvidos nas
investigações e alguns dos homens que foram presos.
Segundo a “CNN”, cinco
funcionários do Universal Studios e dois do SeaWorld também já foram presos
pelos crimes.
Entre os detidos nas
investigações, 32 foram condenados. Dois dos casos, que envolvem posse de
pornografia infantil, ocorreram dentro de propriedades da Disney,
segundo registros policiais. Nenhum caso, entretanto, envolveu crianças ou
adolescentes que visitavam os parques temáticos.
Um dos presos foi
Robert Kingsolver, gerente de serviços responsável por reparos no Magic
Kingdom, um dos parques da Disney em Orlando, na Flórida. Ele foi acusado de
solicitar uma criança para atos sexuais e viajar para encontrar um menor para
atividades sexuais. Ele nega as acusações.
“Minha vida está
arruinada. A vida da minha família está arruinada. Eu devastei meus pais por
causa de um mau julgamento”, disse em entrevista à “CNN”.
Após ser solto,
Kingsolver foi proibido de ter contato com menores de idade e também de usar a
internet.
Ele foi preso ao pensar
que ia ao encontro de uma menina de 14 anos – o local havia sido montado pelos
detetives do condado de Lake. A polícia diz que ele estava em busca de sexo. O
homem, entretanto, disse que estava apenas tentando proteger a garota e afirmou
que chamaria as autoridades quando chegasse à casa.
Segundo os registros
policiais, outros funcionários da Disney presos incluem seguranças, guias,
atendente de lojas de souvenires e empregados responsáveis pela manutenção dos
brinquedos.
No caso mais recente,
dois funcionários da Disney e dois da Universal foram presos. Um deles, que
trabalhava em um hotel do Animal Kingdom e já trabalhou no popular brinquedo do
filme Toy Story, procurava jovens na internet.
Em comunicado enviado à
“CNN”, Jacquee Wahler, porta-voz da Disney, disse que “promover um .ambiente
seguro para crianças e suas famílias é uma responsabilidade que levamos com
seriedade. Temos medidas extensivas em andamento, incluindo checagem criminal
antes da contratação e monitoramento de computadores”, afirmou.
Segundo a empresa, os
números de presos representam uma porcentagem muito pequena quando se
considerado número total de pessoas empregadas pela Disney no período – cerca
de 300 mil.
A Disney também
informou que trabalha de maneira próxima às autoridades e a entidades que trabalham
para prevenir o desaparecimento e a exploração de crianças.
O Universal Studios
informou que demitiu o funcionário que foi preso recentemente. “Temos
tolerância zero com esse tipo de atividade. Nós lidamos com a situações como
esta de maneira imediata e permanente”, disse Tom Schroder, porta-voz da
empresa.
O SeaWorld disse que a
“segurança de nossos funcionários é nossa principal prioridade”, acrescentando
que a empresa tem “políticas e procedimentos em andamento e que tomará ações
apropriadas quando necessário.”
FONTE: O GLOBO