terça-feira, 3 de junho de 2014

O Mundo está 30% mais Obeso



A epidemia de sobrepeso e obesidade atinge atualmente 2,1 bilhões de pessoas, cerca de 30% da população mundial, das quais mais da metade estão em países em desenvolvimento, alerta um estudo publicado hoje.

— A obesidade é um problema que afeta a todos, independentemente da idade, renda ou país— garante Christopher Murray, diretor do Instituto de Avaliação da Saúde da Universidade de Washington, que conduziu a análise de dados disponíveis em 188 países.

Entre 1980 e 2013, a porcentagem de pessoas em todo mundo com um índice de massa corporal (IMC) superior a 25, o limite para excesso de peso, passou de 28,8% para 36,9 % entre os homens e de 29,8% para 38% entre as mulheres.

O IMC é a proporção entre o tamanho e o peso de um indivíduo. Um índice maior que 30 é considerado um sinal de obesidade em adultos. No caso em que o índice está entre 25 e 30 é considerado excesso de peso.

Mas o fenômeno não afeta todos os países da mesma forma: os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália aparecem no topo da lista de países desenvolvidos onde a obesidade ou excesso de peso afeta mais de 60% das pessoas com mais de 20 anos.

Egito, Líbia, Arábia Saudita, Omã, Bahrein e Kuwait, onde o excesso de peso e a obesidade têm aumentado substancialmente, afetando mais de 70% das mulheres com mais de 20 anos, já ultrapassaram os ocidentais.

O mesmo se aplica em vários países da América Latina, como México, El Salvador, Costa Rica, Honduras, Chile ou Paraguai, e especialmente nos microestados do Pacífico (Tonga, Kiribati e as ilhas de Samoa), onde a taxa é superior a 80% entre os homens e mulheres com mais de 20 anos.

Aumento da obesidade infantil

Não só há mais pessoas com excesso de peso, mas cada vez mais começam a desenvolver este problema mais cedo: entre 1980 e 2013, o número de crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso em todo o mundo aumentou em 50%.

Atualmente afeta 22% das meninas e 24% dos meninos nos países desenvolvidos e cerca de 13% de meninos e meninas nos países em desenvolvimento, com um aumento particularmente significativo no Oriente Médio e Norte da África no caso das meninas.

— Esse aumento é muito preocupante na medida em que a obesidade infantil pode ter sérias consequências para a saúde, como o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes e muitos tipos de câncer— diz Marie Ng, a pesquisadora que coordena o estudo.

— Nas últimas três décadas, nenhum país reduziu a sua taxa de obesidade e esperamos um aumento em países de baixa e média renda, a menos que adotem medidas urgentes para limitar esta crise de saúde pública— alerta Murray.



FONTE: ZH


Nota do NEFROADVEN:

Nosso mundo é muito controverso. O número de pessoas que comem demais (e errado) mais que dobrou em relação ao número daqueles que passam fome (cerca de um bi). Há quem diga que se cada pessoa doasse vinte e cinco cents de dolar (ou cinquenta centavos de real) por dia do que ganha, não haveria fome no mundo. Outros dizem que se o Brasil não jogasse fora as toneladas de soja que produz e não as vendesse, não teríamos brasileiros sem comida. Mas a verdade é que num mundo onde ensinamos nossos filhos a disputar ferrenhamente o terreno com o nosso vizinho, passando a ideia de que devemos sempre ser os primeiros em tudo e os outros sempre os últimos, o que esperar? Que a fome diminua? Num mundo imerso em um ambiente obesogênico, o que esperar? Que os abastados comam folha? e olha que a coisa está tão grave que não são apenas os ricos que estão se tornando obesos. Há uma tendência de predomínio de sobrepeso/obesos entre aqueles com baixa renda devido o acesso fácil e mais barato aos Fast Foods ou Junk Foods. Afinal, o que é mais barato, comer no McDonald´s ou comer alimentos orgânicos?

Mário Lobato


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