O papa Francisco disse nesta terça-feira (27) que está
aberto à discussão sobre o celibato dentro da Igreja Católica, reporta o jornal
espanhol El País. As declarações foram feitas durante uma entrevista coletiva
aos jornalistas que o acompanhavam no voo de volta de Tel Aviv para Roma, após
a primeira visita do papa à Terra Santa.
“A Igreja Católica tem padres casados,
católicos gregos, católicos coptas e no rito oriental. Não é um debate sobre
um dogma, mas sobre uma regra de vida que eu aprecio muito e que é um dom para
a Igreja. Por não ser um dogma da fé, a porta sempre está aberta”, disse o
papa.
A manifestação de Francisco acontece
alguns dias após um grupo de 26 mulheres italianas enviarem uma carta ao sumo pontífice
pedindo para ele repensar o veto ao casamento mantido para os padres.
Elas não revelaram suas identidades nem os nomes dos seus companheiros padres,
mas deixaram um número de telefone no final da carta e pediram “com humildade
que alguma coisa mude, não apenas por nós, mas também pelo bem de toda a
Igreja”.
O celibato obrigatório é um velho tabu
dentro do Vaticano e a sinalização de Francisco pode indicar que ele realmente
deseja iniciar essa discussão dentro da Santa Sé. Curiosamente, em março, o
papa defendeu o celibato dos padres ao falar para bispos africanos. Na ocasião,
Jorge Mario Bergoglio disse que os futuros padres devem ser bem formados desde
o seminário “para viver de verdade as exigências do celibato eclesiástico,
assim como ter uma relação justa com os bens materiais”.
Em setembro de 2013, o número dois do
Vaticano, Monsenhor Pietro Parolin, afirmou que o celibato “não é um dogma e é
possível discuti-lo já que é uma tradição da Igreja”, provocando um grande
debate no mundo católico. À época, a afirmação de Parolin causou uma
entusiasmada onda de debates na mídia, mas especialistas logo alertaram que não
havia nada de novo em seu discurso. Em 1997, o cardeal e teólogo Joseph
Ratzinger, que depois ficaria famoso como o papa Bento XVI, escreveu um livro,
O Sal da Terra, afirmando que o celibato “com certeza não é um dogma”. Na
época, o alemão Ratzinger era o chefe da Congregação para a Doutrina da Fé.
FONTE: Verdade Gospel
Nota do NEFROADVEN:
O celibato é defendido por Paulo de Tarso, mas não imposto. Ele deixa claro em seus escritos que melhor seria se o líder religioso fosse solteiro para se dedicar inteiramente à função missionária e à de pastoreio. Ele próprio renunciou à vida de casado. Entretanto, Paulo de Tarso sugere que aqueles que desejarem ser casados que casem, mas que continuem a missão.
Paulo dá entendimento de que esta situação necessita de individualização por vocação, uma vez que nem todos estarão dispostos a renunciar uma vida matrimonial. John Wesley, grande pregador e líder religioso do passado, renunciou à vida matrimonial para se dedicar ao Senhor. Ellen White, mulher inspirada por Deus, era casada e escreveu milhares de páginas inspiradoras ao povo de Deus. Casados ou não, se dedicados ao Senhor, todos fazem a diferença.
Já Pedro, o apóstolo, foi casado e um grande missionário. A propósito, é de se admirar que a igreja católica imponha o celibato aos seus líderes uma vez que Pedro, o "primeiro Papa" segundo a própria igreja, era casado (Pedro tinha sogra).
À luz da Bíblia, não há proibição dos líderes religiosos de se casarem. Desta forma, diante de tanto escândalo de pedofilia e casos de "infidelidade" dos padres da igreja católica, está mais do que na hora de o Papa Francisco rever este problema.
Mário Lobato
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