A dependência à nicotina e a cigarros não
só é desagradável como também representa um risco para a saúde. Após estudos
clínicos de vacinas sem sucesso realizados há alguns anos, atualmente existem
cientistas dos EUA que estão trabalhando em uma nova vacina que poderá ajudar
fumantes a superarem sua dependência. O estudo foi publicado no “Journal of
Medicinal Chemistry”.
A
vacina destina-se a fazer com que o sistema imune trate a nicotina como um
invasor estranho. Para isso, os médicos ligam determinados derivados da
nicotina (haptenos) a proteínas transportadoras maiores, usadas também em
outras vacinas. O corpo reage produzindo anticorpos que se ligam
especificamente a moléculas da nicotina, impedindo assim que entrem no sistema
nervoso central. Assim, a nicotina não chega ao cérebro e não existe resposta
de recompensa, tornando as recidivas menos tentadoras.
A
nicotina possui duas manifestações diferentes, uma versão direita e uma versão
esquerda. De acordo com os pesquisadores do The Scripps Research Institute em
La Jolla (Califórnia), o problema com a vacina sem sucesso foi devido ao fato
de a pesquisa não ter se concentrado na versão mais comum, a esquerda,
responsável por 99% da nicotina existente no tabaco, tendo se concentrado em
formar anticorpos contra ambas as versões. Apenas 30% dos pacientes reagiram
conforme previsto.
No
estudo atual, os pesquisadores testaram três versões diferentes: uma vacina
apenas com haptenos do lado direito, uma apenas com haptenos do lado esquerdo e
uma terceira com uma mistura 50-50. Essas três versões foram repetidamente
injetadas em um grupo de ratos por 42 dias. Em comparação com a vacina com
haptenos do lado direito, os ratos que receberam a vacina com haptenos do lado
esquerdo produziram quatro vezes mais anticorpos. A versão mista foi 40% menos
eficaz do que a versão esquerda.
Fonte: MSD
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