quinta-feira, 5 de março de 2015

O mercúrio pode ser um fator de risco para doenças autoimunes.



O desenvolvimento de doenças autoimunes, que são mais frequentes nas mulheres do que nos homens, não pode ser explicado por fatores genéticos. Pesquisadores dos Estados Unidos provavelmente já encontraram uma associação com um possível fator ambiental. Em um estudo publicado na revista “Environmental Health Perspectives”, eles relataram que a exposição ao mercúrio - por meio do peixe ou frutos do mar - pode ser um fator de risco.

Cientistas da Universidade de Michigan (em Ann Arbor), EUA, analisaram dados de mulheres com idade entre 16 e 49 anos que participaram do estudo de Pesquisa Nacional de Análise da Saúde e Nutrição (National Health and Nutrition Examination Survey, NHANES) entre 1999 e 2004. Eles descobriram que a maior exposição ao mercúrio correspondia a altos níveis de autoanticorpos.

Autoanticorpos são precursores de doenças autoimunes. São proteínas produzidas pelo sistema imune quando ele é incapaz de distinguir entre seus próprios tecidos e células potencialmente nocivas. A presença delas não leva automaticamente a uma doença autoimune, mas pode ser um indicador significativo e pode anteceder seu desenvolvimento em anos.

No geral, o consumo de peixe é considerado uma dieta saudável e é especialmente recomendado para mulheres grávidas ou que estejam amamentando, e para crianças. Os pesquisadores destacaram que os nutrientes contidos são importantes para o organismo. No entanto, mulheres em idade fértil que demonstram alto risco de doenças autoimunes devem ter cuidado com o tipo de peixe que comem: peixe-espada, cavala e peixes comestíveis de águas profundas têm níveis muito altos de mercúrio, enquanto o camarão, atum enlatado e o salmão têm baixos níveis de mercúrio, diz a autora do estudo, Emily Somers.

Fonte: MSD


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