Gravação (Assista Acima ou clique na palavra "gravação" abaixo ou clique AQUI) comprova que objetivo do Mais Médicos sempre foi enviar dinheiro
a Cuba
Uma gravação divulgada
ontem pelo Jornal da Band comprova que há uma trama entre o Ministério da Saúde
e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) para acobertar a intenção de
favorecer a ditadura cubana por meio do Programa Mais Médicos. O áudio consiste
numa conversa entre a coordenadora do programa pela Opas, a pernambucana Maria
Alice Barbosa Fortunato, e funcionários do ministério.
Maria Alice alerta: “Se a gente coloca ‘governo cubano’, se o nosso
documento é público, qualquer pessoa vai entender que a gente está driblando a
coisa de fazer acordo bilateral e pode dar uma detonada.” Ou seja, Maria Alice
deixa claro que não quer que a sociedade brasileira saiba que o programa é,
basicamente, um acordo entre Brasil e Cuba (acordo bilateral). Para esconder
este fato e tirar o foco de Cuba, ela sugere que o governo inclua médicos de
outros países, mas em números muito baixos. “A gente pode colocar neste T.A.
(termo de ajuste) Mercosul e Unasul, que vai dar, digamos, dois milhões (de
reais) para tirar o foco de Cuba e incluir países do Mercosul e Unasul”, diz a
funcionária da Opas.
A gravação também mostra que o Brasil lavou as mãos quanto ao confisco,
pelo governo cubano, da maior parte do pagamento aos médicos. O assessor
especial para assuntos internacionais do Ministério da Saúde, Alberto Kleiman,
afirma na gravação que o valor dos salários e a forma de pagamento já haviam
sido definidos pelo assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio
Garcia. “Sessenta (por cento) para o governo e 40 (por cento) para o médico. O
Marco Aurélio (Garcia) botou isso na reunião, só para socializar”, afirma
Kleiman. Maria Alice discorda: “A relação é do governo deles, eles que decidem.
Não é a gente que vai interferir nisso”.
Em outubro de 2013, VEJA revelou como a intermediação da Opas serviu
para o governo brasileiro ocultar o verdadeiro objetivo do Programa Mais
Médicos – arrumar uma maneira de enviar dinheiro a Cuba. Os registros do
Ministério da Saúde permitiram descobrir que o chefe da representação da Opas
no Brasil, o cubano Joaquim Molina, apresentou a minuta do contrato no dia 17
de dezembro de 2012, seis meses antes de o programa ser anunciado publicamente,
em meio aos protestos de 2013.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: VEJA
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