Países afetados terão que vigiar fronteiras, aeroportos e portos. A
OMS também pediu ajuda à comunidade internacional.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou
nesta sexta-feira (8) a epidemia de ebola no oeste da África uma emergência
pública sanitária internacional.
O comitê de urgência da OMS, que se reuniu na
quarta (6) e quinta-feira (7) em Genebra, “considera de forma unânime que são
dadas as condições” para declarar “uma emergência de saúde pública de alcance
mundial”, indicou em um comunicado.
Com isso, os países afetados pela epidemia vão
ter que adotar, entre outras medidas, exames para detectar o vírus em
aeroportos, portos e postos de fronteira, em todas as pessoas que apresentarem
febre e outros sintomas semelhantes aos do ebola.
A OMS pediu à comunidade internacional que
ajude, de maneira urgente, aos países afetados pelo ebola.
A epidemia
de ebola é a mais importante e a mais severa em quatro décadas, ressaltou em uma coletiva de imprensa a
diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
“Este é um claro chamamento à solidariedade
internacional com os países afetados que não têm capacidade para enfrentar um
surto deste tamanho e desta complexidade”, disse Chan.
A OMS disse estar preparada para que o surto
permaneça em alto nível pelos próximos meses, e afirmou que é provável que a situação piore antes de
melhorar.
A África Ocidental enfrenta o maior surto do
vírus ebola já registrado desde a descoberta da doença, em 1976. Segundo a OMS,
trata-se da maior epidemia de febre hemorrágica em termos de pessoas afetadas,
número de mortos e extensão geográfica.
O último balanço do organização, divulgado em
6 de agosto, informa que já são 932 mortos e mais de 1.700 casos da doença
registrados.
O surto atual começou na República de Guiné em
março deste ano, e se espalhou para os países vizinhos Serra Leoa, Libéria e,
mais recentemente, Nigéria.
A diretora-geral da OMS disse que os países
afetados “não podem fazer frente à epidemia por si mesmos”, e instou “a
comunidade internacional a dar o apoio necessário”.
Viagens
Embora o comitê tenha excluído impor
restrições às viagens ou ao comércio internacional, indicou que os “Estados
devem se preparar para detectar e tratar os casos de doentes” e “facilitar a
evacuação de seus cidadãos, em particular as equipes médicas, expostas ao ebola”.
Keiji Fukuda, vice-diretor-geral da OMS
encarregado da epidemia, explicou que as pessoas atingidas precisam ficar 30
dias em quarentena porque o tempo de incubação do vírus é de 21 dias.
As pessoas que estão em contato com os doentes
– com exceção das equipes médicas, que têm uma roupa de proteção – não devem
viajar, indicou Fukuda.
Também foi determinado que as tripulações de
voos internacionais recebam informação e material médico para protegerem a si
mesmos e aos passageiros. “Obrigar as companhias a não viajar para estes países
afetaria suas economias”, acrescentou a ditetora.
O comitê da OMS também recomenda que todos os
viajantes procedentes dos países afetados façam um check-up, respondendo a um
questionário e medindo a temperatura, nos aeroportos, portos e nos principais
postos fronteiriços.
Fonte: G1
Nota do NEFROADVEN:
"...E enquanto isso, no gabinete do nosso "competentíssimo" Ministro da Saúde, reina a tranquilidade, como se vivêssemos em um outro PlaneTa..."
“Queremos insistir: não há recomendação e
não há risco de transmissão global, segundo a Organização Mundial da Saúde
[OMS]. Por enquanto, não há recomendação de restrição de viagens. Os casos, em
sua maioria, se localizam em pequenas localidades rurais”. Arthur Chioro, dia
1/8/2014.
Que Gênio!
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