A música é uma intervenção não-invasiva, segura, barata e que pode ser usada facilmente e com sucesso. Cientistas ingleses realizaram uma revisão sistemática e meta-análise, publicada peloThe Lancet, para avaliar se a música melhora a recuperação após procedimentos cirúrgicos.
Foram incluídos estudos randomizados controlados de pacientes adultos
submetidos a procedimentos cirúrgicos, excluindo os que envolviam o sistema
nervoso central, cabeça e pescoço, publicados em qualquer
idioma. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados em que o uso de
qualquer forma de música iniciada antes, durante ou após a cirurgia era
comparado ao tratamento padrão ou a outras intervenções não-medicamentosas. Foram
pesquisadas as fontes de dados MEDLINE,
Embase, CINAHL e Cochrane
Central e realizadas as meta-análises.
Após avaliações foram identificados 4.261 títulos e resumos e 73 ensaios
clínicos randomizados foram incluídos na revisão sistemática, com tamanho
variando entre 20 e 458 participantes. Escolha da música, a periodicidade e a
duração de exposição foram variados. Comparadores incluíram cuidados de rotina,
fones de ouvido sem música, ruído branco e repouso no leito. A música reduziu
tanto a dor pós-operatória, quanto a ansiedade e o uso de analgesia, além
de aumentar a satisfação do paciente, mas não houve alteração no tempo de
permanência hospitalar. Análises de subgrupos mostraram que a escolha da música
e a periodicidade de exposição fizeram pouca diferença nos resultados. A música
era eficaz mesmo quando os pacientes estavam sobanestesia geral.
As interpretações deste estudo sugerem que a música pode ser oferecida
como uma maneira de ajudar os pacientes a reduzir a dor e a ansiedade durante o período
pós-operatório. O tempo de exposição pode ser adaptado a situações clínicas
individuais e às equipes médicas.
Fonte: The Lancet
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