terça-feira, 29 de setembro de 2015

Ácidos graxos trans não são necessariamente nocivos


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A gordura trans não é necessariamente tão nociva como se pensava: um estudo alemão sugere que baixos níveis de ácidos graxos trans (AGTs) não significam automaticamente maior mortalidade, e que podem até mesmo ser benéficos se ocorrerem de modo natural. Os achados foram publicados na revista “European Heart Journal”.

Para o estudo, pesquisadores da Universidade de Heidelberg analisaram dados de 3.259 participantes no estudo LURIC (Ludwigshafen Risk and Cardiovascular Health). Participantes no estudo foram hospitalizados para receber angiografias coronarianas. Durante um período mediano de acompanhamento de pouco mais de 10 anos, 30 por cento desses pacientes morreram. Os pesquisadores analisaram amostras de sangue dos pacientes para identificar as concentrações totais de AGTs, e também para distinguir entre as concentrações de AGTs industrialmente produzidos e as que ocorrem de modo natural.

A proporção de AGTs nas amostras de sangue variaram de 0,27-2,40 por cento de ácidos graxos totais, com uma média de pouco menos de um por cento. Outro estudo nos EUA por um período similar relatou uma média de mais de 2,6 por cento.

“Descobrimos que concentrações maiores de AGTs nas membranas de hemácias estavam associadas ao LDL ou 'mau' colesterol mais alto, mas também com IMC mais baixo, níveis mais baixos de gordura no sangue (triglicérides), menos resistência à insulina e, portanto, menor risco de diabetes”, disse o autor do estudo Marcus Kleber. Disse ainda: “Também estamos surpresos de saber que aumentos nas concentrações de AGTs produzidos industrialmente não foram acompanhados por aumento de mortalidade, contrastando com observações dos Estados Unidos."

Os pacientes com as mais altas concentrações de AGTs que ocorrem naturalmente (maior que 0,2 por cento) tiveram um risco 37 por cento menor de morte súbita cardíaca em comparação àqueles com a concentração mais baixa. Após ajuste para diversos fatores de confusão, essa foi a única associação estatisticamente significativa.

“Nossos resultados mostram que baixos níveis de AGTs produzidos industrialmente que encontramos no estudo LURIC não apresentam risco à saúde e, portanto, podem ser considerados seguros. Também descobrimos que o ácido trans-palmitoleico está associado a melhores níveis de glicemia sanguínea e menos mortes por qualquer causa, mas principalmente menor risco de morte súbita cardíaca”, concluiu Kleber.





segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Consumo de bebidas com alto teor de açúcar geralmente significa dieta não saudável


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De acordo com um estudo sueco apresentado no encontro anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (European Association for the Study of Diabetes, EASD) em Estocolmo, indivíduos que consomem muitas bebidas com alto teor de açúcar geralmente têm mais probabilidade de comer alimentos não saudáveis. De modo geral, a escolha da bebida é um indicador da dieta como um todo.

Para o estudo, pesquisadores da Universidade de Lund analisaram dados de 25.112 indivíduos com idade entre 45 e 74 anos, com IMC médio de 25,6 sem prevalência de diabetes, doença cardiovascular ou câncer. Os sujeitos responderam a perguntas quanto ao consumo de bebidas, macronutrientes e 24 grupos de alimentos durante um período de 7 dias.

Os autores observaram um alto consumo de bebidas adoçadas com açúcar sendo associadas de modo significativo a baixa ingestão de alimentos geralmente considerados saudáveis; as maiores diferenças de ingestão entre altos e baixos consumidores de bebidas adoçadas com açúcar foram notadas nas frutas, vegetais, iogurte, cereais matinais, pão rico em fibra e peixe.

O alto consumo de chá e sucos foi associado a maior ingestão de produtos saudáveis, especialmente frutas, vegetais e iogurte. O alto consumo de bebidas adoçadas artificialmente foi associado a maior ingestão de produtos com baixo teor de gordura, como leite desnatado e margarinas. O alto consumo de café foi associado a alta ingestão de carne e baixa ingestão de cereais matinais.

O consumo de alguns tipos de bebidas foi associado a maior ou menor risco de diabetes tipo 2. Mas os resultados do estudo indicam que essas associações podem ser devidas ao fato de que indivíduos que consomem uma grande quantidade dessas bebidas também têm uma dieta pobre em alimentos saudáveis, o que, combinados, apresentam associações com diversas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, concluíram os autores.

FONTE: UNIVADIS




sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Bom controle na glicemia pode ajudar a evitar demência


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Diabéticos tipo 2 com bom controle de açúcar no sangue têm menor risco de hospitalização devido a demência. Esse é o resultado de um estudo sueco apresentado na Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (European Association for the Study of Diabetes, EASD) em Estocolmo, Suécia. Com o controle deficiente de açúcar no sangue, a probabilidade de internação é 50 por cento maior.
Pesquisadores do Registro Nacional do Diabetes e do Instituto de Medicina da Universidade Sahlgrenska em Gotemburgo analisaram dados de 349.299 diabéticos tipo 2 (média de idade 67 anos) que, no começo do estudo, não tinham hospitalizações conhecidas relacionadas à demência. Durante o acompanhamento médio de 4,6 anos, 11.035 pessoas foram hospitalizadas com diagnóstico primário ou secundário de demência.

Foram usados modelos computacionais para calcular a associação entre o controle do açúcar no sangue (medido pelo nível de HbA1c) e a demência. Achados mostraram que participantes com os piores níveis de HbA1c (mais de 10,5 por cento) tinham uma probabilidade 50 por cento maior de ser hospitalizados devido a demência do que os participantes com níveis melhores de HbA1c (abaixo de 6,5 por cento). Pacientes que tiveram acidente vascular cerebral tinham risco de demência 40 por cento maior.

“A associação positiva entre HbA1c e o risco de demência em pacientes razoavelmente jovens com diabetes tipo 2 indica um potencial para a prevenção de demência com melhor controle do açúcar no sangue”, concluíram os autores.

FONTE: MSD



Quarta "Lua de Sangue" acontece no dia 27 de Setembro de 2015

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A lua encerra a tétrade que começou em abril do ano passado
 levantando diversas teorias sobre o fim do mundo

Na noite do dia 27 de setembro será possível ver no Brasil o último dos quatro eclipses totais da Lua que aconteceram em sequência desde abril do ano passado. O fenômeno conhecido como Lua de Sangue é relativamente raro e só deverá acontecer novamente em 2033.

O eclipse lunar total acontece quando a Lua fica encoberta pela sombra da Terra, porém nesta data também acontecerá a Superlua, quando a órbita da Lua está o mais próximo possível da Terra durante a Lua cheia e isso faz com que a lua pareça maior e ganhe a coloração avermelhada.

A primeira Lua de Sangue da tétrade aconteceu em abril do ano passado, a segunda em outubro passado, a terceira em abril e a última será agora no fim de setembro.

A NASA divulgou um vídeo mostrando como seria o fenômeno visto da Lua.

Além do fenômeno astrológico, a Lua de Sangue também traz uma série de interpretações religiosas, uma delas seria a profecia de Joel 2:31 que diz: “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. Joel 2:31”.

Muitas teorias em torno da tétrade surgiram e foram anunciadas nos últimos meses, o teólogo e pastor Mark Biltz diz que há chances da grande tribulação começar a partir dessa última Lua de Sangue. Como descendente de judeus, o religioso estudou muito a respeito das profecias sobre Sol e a Lua e entende que elas são sinais da vinda de Cristo.

Mas também há quem não acredite que esses sinais sejam os descritos na Bíblia, até por não ser a primeira e nem a última vez que a tétrade de Luas de Sangue acontece. “Existe uma total diferença entre os eclipses lunares previstos aos milhares pela NASA e os fenômenos bíblicos que acontecerão na volta de Cristo”, diz o pesquisador cristão Luiz Carlos Fernandes, do ministério Spiritual Group.

FONTE: GP




quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Situação caótica no tratamento dialítico em todo Brasil. Sociedade Brasileira de Nefrologia denuncia!


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CARTA AOS PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA

Nos últimos 10 anos, o número de pacientes com doença renal crônica cresceu cinco vezes mais do que a quantidade de clínicas, diminuindo muito a relação entre o número de vagas e pacientes.

Apenas 7% dos municípios brasileiros têm unidades de diálise. 

Mais de 70% dos pacientes descobrem a doença renal crônica na sua fase tardia. Muitas vezes, por falta de vagas nas unidades de diálise, estes pacientes têm que permanecer hospitalizados, enquanto aguardam sua vaga definitiva na diálise. Esta internação desnecessária, às vezes longa, gera riscos infecciosos e pode causar depressão.

Mais de 80% dos pacientes fazem seu tratamento de diálise pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, as clínicas de diálise, em sua maioria, não são públicas. Embora ofereçam um tratamento de alta qualidade para os pacientes do SUS, a situação das clínicas de diálise hoje é difícil, devido ao baixo valor da remuneração do procedimento dialítico.

O Ministério da Saúde não reajusta o valor da sessão de Hemodiálise há cerca de três anos. Neste mesmo período de tempo, houve uma desvalorização brutal do REAL (quase todo o material e máquinas utilizadas no tratamento são artigos importados). Além disto, a carga tributária se elevou, a inflação voltou, as tarifas de energia elétrica quase dobraram e enfrentamos uma crise da água.
Esta combinação de aumento de gastos e falta de reajustes nos reembolsos desestimula a abertura de novas unidades e tem feito algumas clinicas fecharem as portas ou deixarem de atender pacientes do SUS.

O número de pacientes em diálise peritoneal (que poderia ser uma excelente alternativa para os pacientes que residem em locais mais distantes), vem diminuindo. A falta de estímulo financeiro torna cada vez mais difícil a colocação de novos pacientes neste método.

A Sociedade Brasileira de Nefrologia não se calará em denunciar esta situação que necessita ser mudada.

A comunidade de pacientes renais crônicos deve estar atenta para estes acontecimentos. A falta de sustentabilidade econômica das unidades de diálise ameaça o acesso e a qualidade do tratamento. Cabe a todos lutar para que haja compreensão destes fatos pelos gestores. Só desta maneira conseguiremos melhorar o acesso dos pacientes renais crônicos ao tratamento e a qualidade deste.

FONTE: SBN




quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Medicamento Canabidiol, derivado da maconha, só poderá ser prescrito por neurologista ou psiquiatra


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O uso compassivo do canabidiol (CBD), um dos 80 derivados canabinoides da cannabis sativa, foi autorizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para crianças e adolescentes portadores de epilepsias refratárias aos tratamentos convencionais. A decisão faz parte da Resolução CFM no 2.113/2014, publicação no Diário Oficial da União (DOU).

A regra, que detalha os critérios para emprego do CBD com fins terapêuticos no País, veda a prescrição da cannabis in natura para uso medicinal, bem como de quaisquer outros derivados, e informa que o grau de pureza da substância e sua apresentação seguirão determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O plenário do CFM aprovou a Resolução 2.113/14 após profunda análise científica, na qual foram avaliados todos os fatores relacionados à segurança e à eficácia da substância. A avaliação de vários documentos confirmou que ainda não há evidências científicas que comprovem que os canabinóides são totalmente seguros e eficazes no tratamento de casos de epilepsia.

Assim, a regra restringe sua prescrição – de forma compassiva - às situações onde métodos já conhecidos não apresentam resultados satisfatórios. O uso compassivo ocorre quando um medicamento novo, ainda sem registro na Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), pode ser prescrito para pacientes com doenças graves e sem alternativa terapêutica satisfatória com produtos registrados no país.


FONTE: CFM


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Consumo de peixe pode reduzir risco de depressão


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Uma metanálise em grupo para a Europa mostra que comer bastante peixe pode diminuir o risco de depressão. O estudo foi apresentado na revista “Journal of Epidemiology & Community Health”.

Diversos estudos já indicavam que fatores alimentares podem ter impacto no risco de depressão. No entanto, achados anteriores eram inconsistentes. Pesquisadores da Universidade de Qingdao (China) agruparam dados de 26 estudos relevantes (totalizando 150.278 participantes) publicados entre 2001 e 2014. Eles analisaram a validade da associação entre consumo de peixe e o risco de depressão.

Dez eram estudos de coorte; os restantes eram estudos cruzados. Dez estudos envolveram participantes da Europa, sete estudos incluíram participantes da América do Norte, e o resto incluiu participantes da Ásia, Oceania e América do Sul.

A análise mostrou que quem comia mais peixe tinha um risco de depressão 17 por cento menor do que as pessoas que comiam menos quantidade. Isso foi descoberto nas duas coortes e estudos cruzados, mas somente para europeus. Havia uma grande associação entre alto consumo de peixe e redução de risco nos homens (20 por cento) em comparação a mulheres (16 por cento).

Visto este ser um estudo observacional, não houve conclusões quanto a causa e efeito, explicaram os autores do estudo. No entanto, pode haver explicações biológicas plausíveis para essa associação.

Os pesquisadores presumem que o conteúdo de ácidos graxos ômega 3 no peixe altera a microestrutura das membranas cerebrais e modifica a atividade dos neurotransmissores, dopamina e serotonina. Além disso, a qualidade de alta proteína, vitaminas e minerais encontrados no peixe pode ajudar a evitar a depressão, dizem os autores do estudo.

FONTE: MSD


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Entenda melhor o Lupus


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O que é lúpus?

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença que atinge órgãos diversos (dentre eles os rins) e de formas diversas em cada indivíduo.

O acometimento renal é frequente em pacientes com lúpus e, em geral, corresponde a uma glomerulonefrite, que pode apresentar-se das formas mais variadas, indo desde alterações urinárias mínimas (hematúria e/ou proteinúria pequena) até insuficiência renal.

Considerando-se que a nefrite é uma das manifestações de atividade lúpica, devemos estar sempre atentos para a possibilidade de que venha a agravar-se ou a instalar-se num paciente que antes não apresentava lesão renal. Para tanto, além das informações fornecidas pelo paciente e os achados do exame físico, a realização de exames laboratoriais simples como o exame de urina (“Urina I”) e a determinação de creatinina no sangue são necessários. Outros exames podem ser adicionados a estes uma vez constatada a lesão renal.

Essa “nefrite” do lúpus é classificada pela Organização Mundial de Saúde em 6 tipos e tal classificação baseia-se nas informações obtidas ao fazermos uma biópsia renal. A biópsia do rim é um procedimento em que um minúsculo pedaço de tecido renal é retirado para exame anátomo-patológico.

No lúpus, é importante fazer esse tipo de biópsia, pois tratamentos diferentes são indicados de acordo com a classe de nefrite encontrada na análise da biópsia. Ela também serve para estabelecer se a doença evoluiu para uma fase crônica, na qual não se deve mais insistir em fazer tratamento imunossupressor. Além disso, dentre outras aplicações, é muito útil para esclarecer por que motivo um paciente com lúpus está evoluindo com insuficiência renal.

Sem dúvida um dos pontos de maior interesse em relação ao problema renal no lúpus é o tratamento. As drogas mais utilizadas com esse fim são: prednisona (por via oral), azatioprina (por via oral), metilprednisolona (por via endovenosa) e ciclofosfamida (por via oral e por via endovenosa). Essas duas últimas medicações são bastante empregadas sob a forma de “pulsoterapias” por via endovenosa.

A nefrite lúpica que não é tratada ou que não responde a tratamento pode evoluir para insuficiência renal crônica. Mas, mesmo quando tratamentos imunossupressores não mais podem deter esse processo, o paciente dispõe de “tratamento conservador” para garantir-lhe pelo maior tempo possível a utilização do que lhe resta de função renal. Cuidados com dieta e controle rigoroso da pressão arterial são medidas simples que podem lentificar a progressão da doença renal crônica para uma fase em que a diálise é imprescindível.

Há relatos de que cerca de 20% dos pacientes com nefrite lúpica evoluem para insuficiência renal terminal. É bom lembrar, entretanto, que o paciente com lúpus tem uma sobrevida em diálise e após transplante renal tão boa quanto a de qualquer outro paciente não-lúpico e raramente apresenta qualquer tipo de atividade da doença (mesmo em outros órgãos) quando em diálise ou após transplante.

O temor que há algumas décadas todos tinham diante do acometimento renal já não se justifica em nossos dias, pois, com a disponibilidade de esquemas de tratamento mais eficientes, a sobrevida do paciente com lesão renal vem melhorando continuamente.

FONTE: SBN




sexta-feira, 18 de setembro de 2015

FDA alerta: tatuagens temporárias feitas com henna preta podem causar queimaduras e cicatrizes indesejáveis na pele



Nem todos os pigmentos de uma tatuagem são conhecidos como sendo seguros para utilização na pele. As tatuagens de henna preta ou azul podem conter ingredientes que ajudam a imagem a aderir melhor à pele, mas que podem causar problemas para algumas pessoas, tais como bolhas, queimaduras dolorosas e cicatrizes indesejáveis e permanentes.

A Food and Drug Administration (FDA) recebeu relatórios de reações a alguns tipos de decalques de tatuagens temporárias e recomenda a todas as pessoas interessadas em fazer uma tatuagem temporária, que antes de utilizá-la em seu rosto, por exemplo, façam um teste em uma parte menos visível do corpo.

A henna é um corante feito a partir de uma planta e está aprovada apenas para uso como corante de cabelo. Ela não está aprovada para aplicação direta na pele, como é o processo de decoração de corpo conhecido comomehndi.

A henna produz tipicamente um tom marrom, marrom-alaranjado ou castanho-avermelhado, mas outros ingredientes têm sido adicionados para produzir outras cores, tais como aquelas comercializadas como "henna negra" e "henna azul." Mesmo tons marrons de produtos comercializados como "henna" podem conter outros ingredientes destinados a torná-los mais escuros ou fazer com que a coloração na pele dure por mais tempo.

A chamada "henna negra" pode conter uma substância chamada paraphenylenediamine, também conhecida como PPD, que só é permitida para uso em tinturas de cabelo e pode irritar a pele. Em alguns casos, a chamada "henna negra" consiste apenas de tinta para cabelo, que um artista mistura diretamente à henna que vai aplicar ao fazer uma tatuagem na pele de um cliente.

PPD e alguns outros corantes capilares podem provocar reações em alguns indivíduos. Essa é a razão de as embalagens de tinturas de cabelo terem uma instrução de cuidado para fazer um teste em uma pequena área da pele antes de usá-las.




quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Entidades Médcias conseguem contornar os efeitos deletérios do "malfadado" decreto presidencial


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A norma que cria as bases para implementação do Cadastro Nacional de Especialistas foi publicada nesta sexta-feira (11), no Diário Oficial da União. O Decreto nº 8.516/2015, da Presidência da República, estabelece os critérios que deverão ser observados pelo Governo na montagem desse tipo censo, bem como suas formas de uso. A proposta substitui o Decreto nº 8.497/2015, que suscitou fortes críticas das entidades médicas e de vários parlamentares por abrir brechas para interferência nos processos de formação de médicos especialistas no País.

O impacto da mudança aparece logo no artigo 2º do Decreto, onde se informa que, para fins de composição do Cadastro Nacional, serão considerados especialistas apenas os médicos com título concedido pelas sociedades de especialidades, por meio da Associação Médica Brasileira (AMB), ou pelos programas de residência médica credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

Para se obter esse texto, sem os pontos que causaram polêmica e criaram inquietação entre os médicos, foi conduzido um processo de negociação mediado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na iminência de aprovar um Decreto Legislativo que sustava os efeitos da determinação presidencial, ele próprio sugeriu ao Governo a formação de um grupo de trabalho que discutisse as bases de uma alternativa, evitando desgastes para todos os envolvidos.

Essa comissão, que contou com a participação de representantes das entidades médicas - CFM, da AMB e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), do Governo e dos parlamentares, se reuniu em várias oportunidades para discutir os pontos. Ao final, o resultado da negociação foi encaminhado à Casa Civil para publicação, permitindo a formatação do Cadastro Nacional de Especialistas com o objetivo de reunir informações que subsidiem o Governo na parametrização de ações de saúde pública e de formação em saúde.

De acordo com o presidente do CFM, Carlos Vital, o apoio dos deputados Eduardo Cunha, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) e Mendonça Filho (DEM-PE), bem como da maioria das lideranças dos partidos, foi fundamental para evitar a implantação das medidas previstas no texto original. “Por terem apresentado o projeto de decreto legislativo que sustava a medida governista e pelo estímulo ao diálogo entre as entidades médicas e os Ministérios da Saúde e da Educação, estes parlamentares merecem o reconhecimento público de seus esforços na defesa do bem social e pela preservação da formação dos especialistas brasileiros”, declarou.

Além de eliminar as ameaças que pairavam sobre o processo de formação dos especialistas, o novo texto trouxe uma importante conquista para o movimento médico. O ganho veio na forma de consolidação da Comissão Mista de Especialidades como fórum legítimo para definir, por consenso, as especialidades médicas no País. O grupo será formado por dois representantes da CNRM - um do Ministério da Saúde e um do Ministério da Educação; dois do CFM; e dois da AMB.

De acordo com Mauro Ribeiro, 1º vice-presidente do CFM, as representações médicas impediram os efeitos deletérios do Decreto original e trouxeram um grande avanço. “Ao detalhar na lei o papel da Comissão Mista de Especialidades, a Medicina e a sociedade saem vitoriosas, pois terão ao seu dispor um grupo fortalecido e tecnicamente competente para discutir todas as etapas do processo que regula a formação e a criação de especialistas no País”, afirmou.

Previsto na Lei do Mais Médicos (12.871/2013), o Cadastro integrará as informações da base de dados dos sistemas de informação em saúde do SUS, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e das sociedades de especialidades a ela vinculadas. Incluirá, ainda, informações sobre as formações e pós-graduações dos profissionais, que serão disponibilizadas permanentemente pelo Ministério da Educação e pelas instituições de ensino superior.

Confira os principais pontos do Decreto que recria o Cadastro Nacional de Especialistas:

- O Cadastro Nacional de Especialistas reunirá informações para subsidiar os ministérios da Saúde e da Educação na parametrização de ações de saúde pública e de formação em saúde; constituirá a base de informação pública oficial na qual serão integradas informações referentes à especialidade médica de cada profissional médico constantes nas bases de dados da CNRM, CFM, AMB e sociedades de especialidades; constituirá parâmetros para a CNRM, AMB e sociedades de especialidades definirem a oferta de vagas nos programas de residência e de cursos de especialização;

- O título de especialista de que tratam os dispositivos do Decreto 8497/15 será aquele concedido pelas sociedades de especialidades, por meio da AMB, ou pelos programas de residência médica credenciados pela CNRM;

- Para assegurar a atualização do Cadastro, a AMB, as sociedades de especialidades e os programas de residência médica credenciados pela CNRM, “únicas entidades que concedem títulos de especialidades médicas no País”, disponibilizarão ao Ministério da Saúde as informações, sempre que concederem certificação de especialidade médica;

- A Comissão Mista de Especialidades será composta por dois representantes da CNRM, dois representantes do CFM e dois representantes da AMB;

- A Comissão Mista de Especialidades deverá se manifestar quando da definição pela AMB da matriz de competências exigidas para a emissão de títulos de especialistas a serem concedidos por essa associação, ou pelas sociedades de especialidades;

- Compete à CNRM definir a matriz de competência para a formação de especialistas na área de residência médica;

- Será criada, no Cadastro Nacional de Especialistas, consulta específica de acesso ao cidadão denominada Lista de Especialistas;
- O Ministério da Saúde adotará providências para a implementação e a disponibilização, no prazo de 120 dias, contado da data de publicação deste Decreto, do Cadastro Nacional de Especialistas.


Fonte: CFM


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Substância dosada no sangue (Troponina T Ultrassensível) pode identificar candidatos a portadores de Hipertensão Arterial sistêmica


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A elevação da pressão arterial (PA) é muitas vezes precedida por anormalidades cardíacas estruturais, potencialmente permitindo a detecção precoce antes do início da hipertensão evidente.

A hipótese do presente trabalho, coordenado por Bill Mcevoy, do Johns Hopkins Hospital, em Baltimore, é de que o ensaio de alta sensibilidade da troponina-T (hs-cTNT), um biomarcador de lesão miocárdica subclínica, pode identificar as pessoas em risco de desenvolver hipertensão arterial.

Foram estudados 6.516 participantes do estudo ARIC, livres de hipertensão arterial e doença cardiovascular prevalentes no início do estudo (1990-1992). Usou-se modelos de Cox, que examinaram a associação das categorias dos níveis de hs-cTNT com o diagnóstico de hipertensão arterial incidente (definida pelo uso de medicamentos ou auto-relato anual após um tempo médio de 12 anos) e com hipertensão incidente após consulta médica (definida pelo uso de medicamentos, auto-relato ou medida da PA > 140x90mmHg durante 6 anos).

Concluiu-se que o nível de hs-cTNT no início do estudo está associado à hipertensão arterial incidente e ao risco de hipertrofia ventricular esquerda (HVE). Mais pesquisas são necessárias para determinar se os níveis de hs-cTNT podem identificar as pessoas que se beneficiariam de monitorização ambulatorial da pressão arterial(MAPA), estratégias de prevenção da hipertensão ligadas ao estilo de vida ou de uma intervenção precoce sobre a pressão arterial.