Recentemente, os cientistas usaram a natureza para desenvolverem uma vacina contra a malária. De acordo com um estudo publicado na revista "Infection and Immunity", eles usaram algas para produzirem a proteína necessária para a vacina.
A vacina, desenvolvida por
pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, pretende evitar a
transmissão do parasita da malária de um hospedeiro infectado para um mosquito,
contribuindo assim para a eliminação da malária. Para isso, a equipe usou a
proteína Pfs25, que se encontra na superfície das células reprodutoras do
parasita. Mas elas só estão presentes no intestino do mosquito nos dias em que
se alimentou de sangue de um humano infectado. Os anticorpos contra a proteína
podem inibir o desenvolvimento do parasita e bloquear sua transmissão.
Uma vez que a produção de
Pfs25 corretamente dobrado, e que induz à formação de anticorpos, é difícil em
laboratório, os cientistas optaram pela ajuda da natureza. Eles introduziram o
DNA do gene Pfs25 no núcleo celular de algas, que também são usadas para produzir
biocombustíveis sustentáveis. Em seguida, as algas produziram tanto Pfs25 que
os médicos puderam testar as enzimas em combinação com adjuvantes em
camundongos.
Eles deixaram os mosquitos
beber sangue com parasitas de animais vacinados e animais controle que não
receberam vacinação. Oito dias depois, examinaram os mosquitos quanto à
presença do parasita. Apenas um entre os 24 mosquitos (4,2%) que haviam
consumido o sangue de camundongos vacinados apresentou resultado positivo para
o parasita. Por outro lado, ele foi encontrado em 28 de 40 mosquitos (70%) que
haviam consumido o sangue dos animais controle.
"Com o baixo custo da
produção com algas, esse pode ser o único sistema que pode produzir uma vacina
econômica contra a malária", afirmou o coautor Stephen P. Mayfield. Está
prevista a realização de mais testes.
FONTE:UNIVADIS
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