O governo queniano confirmou o
fim do ataque do grupo terrorista al-Shabaab à Universidade de Garissa, no
Nordeste do Quênia. O atentado, que se estendeu por cerca de 15 horas, deixou
147 mortos, e pelo menos 79 feridos.
O
grupo islâmico somali afirmou que a ação é uma vingança contra a intervenção de
tropas quenianas na Somália, e anunciou que mantém cristãos como reféns. Um
terrorista suspeito foi preso e 82 somalis que teriam conexão com o grupo foram
detidos, segundo as autoridades. Outros quatro foram mortos. 587 estudantes
foram resgatados da universidade.
Estudantes
que conseguiram escapar contaram que os terroristas entraram no alojamento e
iam de quarto em quarto perguntando quem era cristão e quem era muçulmano.
“Se
você era cristão, atiravam em você. A cada tiro pensei que fosse morrer”,
contou Collins Wetangula, que foi resgatado por agentes que entraram por uma
janela.
Em
outro comunicado, o grupo aponta a universidade como uma “ideologia desviante”.
“A Universidade de Garissa é origem de atividades missionárias e espalha
ideologias erradas entre os muçulmanos do Quênia”.
O
presidente Uhuru Kenyatta pediu, em comunicado, que o país fique calmo e
anunciou a convocação de dez mil recrutas da polícia para treinamento.
“Sofremos desnecessariamente devido à falta de pessoal na segurança. Quênia
precisa de forças adicionais, e não vou deixar a nação esperando”, disse em
nota.
O
grupo militante islâmico somali, ligado à al-Qaeda, realizou vários atentados
em Garissa e no Quênia no passado, incluindo o ataque a um shopping na capital,
Nairóbi, em 2013. Ligada à rede al-Qaeda, a organização prometeu punir o Quênia
pelo envio de tropas à Somália a fim de se unir às forças de paz da União
Africana para combater os extremistas.
Fonte: O Globo
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