quarta-feira, 8 de abril de 2015

Crianças em ambiente doméstico com fumantes sofrem de problemas cardíacos mais tarde



Sabe-se que o fumo passivo representa um perigo para a saúde. Isso é válido especialmente para filhos de fumantes. Crianças expostas ao fumo dos pais apresentam um risco consideravelmente mais alto de desenvolverem doenças cardiovasculares quando adultos. Esse é o principal resultado do "Cardiovascular Risk in Young Finns Study" (Estudo do risco cardiovascular em jovens finlandeses) apresentado na revista "Circulation".

Para o estudo, pesquisadores avaliaram o risco cardiovascular de jovens finlandeses dos anos 1980 e 1983. Foram coletadas amostras de sangue dessas crianças para que fosse medido o nível de cotinina, um subproduto da nicotina, e logo, um biomarcador da exposição ao fumo passivo, em 2014. Além disso, foram coletados dados de ultrassom da carótida dos sujeitos em 2001 e 2007.

A mais alta porcentagem (84%) dos sujeitos do estudo, nos quais não foi detectada cotinina, veio de um ambiente doméstico de não fumantes, seguido de um dos pais fumante (62%) e ambos os pais fumantes (43%). Além disso, crianças expostas ao fumo dos pais tinham 1,7 vez mais risco de acúmulo de placa carotídea na fase adulta em comparação com "sujeitos do estudo não fumantes". Ainda dentro do grupo dos fumantes havia enormes diferenças. O risco de placas era 1,6 vez maior nas crianças cujos pais fumavam, mas tentavam limitar a exposição dos filhos ao fumo. Naqueles em que não havia limitação da exposição, o risco era quatro vezes mais alto.

Entretanto, os pesquisadores argumentam que os níveis detectáveis de cotinina não podem ser explicados somente através do fumo passivo. "Está claro que a fonte primária de exposição de uma criança ao fumo passivo está dentro de casa", afirmou o autor do estudo, Costan Magnussen.

FONTE: APA



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