Médicos do
Hospital Universitário de Bona (Alemanha) analisaram dados de
23.371 pacientes com dependência alcoólica tratados em hospitais públicos
de Manchester (Reino Unido) e 233.710 pacientes sem dependência alcoólica.
Os dados foram coletados em um período de 12,5 anos.
“Durante o
período de observação, cerca de um em cada cinco pacientes com alcoolismo do
hospital morreu em um dos hospitais, enquanto apenas um em doze pacientes do
grupo controle morreu”, disse o autor do estudo Reinhard Henn do Royal Derby
Hospital. Isso se deve principalmente às várias doenças concomitantes que
acometem os alcoólicos.
No total, os
médicos descobriram 27 doenças que ocorrem com maior frequência em pessoas
viciadas em álcool. Entre outras, essas doenças afetam o fígado, o pâncreas, as
vias aéreas, o trato gastrointestinal e o sistema nervoso. Por outro lado, no
entanto, ataques cardíacos, doenças cardiovasculares e catarata ocorreram com menor
frequência do que no grupo controle. Mas é possível que nem todas as doenças
dos dependentes do álcool tenham sido registradas, disseram os pesquisadores.
Esses tipos de pacientes quase sempre são admitidos no hospital como casos de
emergência, nos quais sintomas agudos são priorizados. Além do mais,
demonstraram menos sensibilidade à dor e problemas de percepção, dificultando a
triagem.
Em todo caso, a
conclusão é que o vício, como causa das doenças e de aumento da mortalidade,
deve ser tratado no estágio mais inicial possível. Seria então possível o
aumento de expectativa de vida, afirmaram os autores.
FONTE: MSD
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