sexta-feira, 24 de abril de 2015

Em média, alcoólatras morrem sete anos mais cedo

Pacientes dependentes de álcool em hospitais públicos vivem significativamente menos que pacientes sem dependência do álcool. De acordo com um estudo germano-britânico publicado na revista “European Psychiatry”, eles morrem 7,6 anos mais cedo em média. Além disso, sofrem de diversas doenças concomitantes.

Médicos do Hospital Universitário de Bona (Alemanha) analisaram dados de 23.371 pacientes com dependência alcoólica tratados em hospitais públicos de Manchester (Reino Unido) e 233.710 pacientes sem dependência alcoólica. Os dados foram coletados em um período de 12,5 anos.

“Durante o período de observação, cerca de um em cada cinco pacientes com alcoolismo do hospital morreu em um dos hospitais, enquanto apenas um em doze pacientes do grupo controle morreu”, disse o autor do estudo Reinhard Henn do Royal Derby Hospital. Isso se deve principalmente às várias doenças concomitantes que acometem os alcoólicos.

No total, os médicos descobriram 27 doenças que ocorrem com maior frequência em pessoas viciadas em álcool. Entre outras, essas doenças afetam o fígado, o pâncreas, as vias aéreas, o trato gastrointestinal e o sistema nervoso. Por outro lado, no entanto, ataques cardíacos, doenças cardiovasculares e catarata ocorreram com menor frequência do que no grupo controle. Mas é possível que nem todas as doenças dos dependentes do álcool tenham sido registradas, disseram os pesquisadores. Esses tipos de pacientes quase sempre são admitidos no hospital como casos de emergência, nos quais sintomas agudos são priorizados. Além do mais, demonstraram menos sensibilidade à dor e problemas de percepção, dificultando a triagem.

Em todo caso, a conclusão é que o vício, como causa das doenças e de aumento da mortalidade, deve ser tratado no estágio mais inicial possível. Seria então possível o aumento de expectativa de vida, afirmaram os autores.


FONTE: MSD


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