Eficácia do mel em comparação com corticosteroide tópico para o
tratamento de aftas recorrentes: estudo clínico randomizado.
As ulcerações aftosas recorrentes
representam um distúrbio da mucosa muito comum na prática clínica diária
dos dentistas e para o qual não existe um tratamento curativo. O melhor tratamento
que pode ser alcançado é o de evitar precipitantes traumáticos locais, diminuir
a dor e a duração da ulceração suprimindo a resposta imunitária local
e prevenindo as infecções secundárias.
O objetivo deste estudo, divulgado pela revista Quintessence International, foi
determinar clinicamente a eficácia do mel como um tratamento tópico da úlcera aftosa
recorrente em uma coorte saudita.
Um estudo clínico, cego, randomizado e
controlado foi realizado. Os parâmetros clínicos (tamanho da úlcera,
escala de dor, grau de eritema e cura) foram registrados tanto no
início quanto durante o período de acompanhamento.
O estudo foi conduzido em dois centros clínicos
sauditas de setembro de 2012 a outubro de 2013. O pesquisador El-Haddad e
colaboradores acompanharam 94 indivíduos participantes que apresentaram 180
pequenas ulcerações aftosas recorrentes. Este tipo de lesão geralmente
são lesões menores que um centímetro de diâmetro, que se curam dentro
de 10 a 14 dias, sem a formação de cicatrizes. O tratamento das úlceras foi
dividido em grupos que receberam mel (34 pacientes com 67 ulcerações),
corticosteroide tópico/triancinolona acetonida (30 pacientes com 57 ulcerações)
e tratamento com pomada em orabase (30 pacientes com 56 ulcerações)
aplicados topicamente nas úlceras, três vezes ao dia. Houve diferença
estatisticamente significativa entre o grupo tratado com mel e os outros dois
grupos em termos de redução do tamanho da úlcera, dias de dor e grau de eritema. Efeitos
colaterais não foram relatados em qualquer um dos grupos.
Os resultados mostraram que o uso de mel foi eficaz
e seguro na redução da dor, do tamanho e do eritema das lesões nesta coorte saudita.
Fonte: Quintessence International
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