Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, mostraram que sofrer de stress, ansiedade ou depressão aumenta o risco de morte por doenças no fígado. É a primeira vez que uma pesquisa científica estabelece relações entre altos níveis de stress emocional e óbito causado por problemas hepáticos. O estudo foi publicado na última edição da revista Gastroenterology.
Para a pesquisa, 165.000
pessoas foram submetidas a questionários para avaliar os níveis de stress.
Depois, os voluntários foram acompanhados por um período de dez anos. No fim,
os pesquisadores avaliaram quais problemas de saúde foram enfrentados durante o
estudo e as causas de morte. Os resultados mostraram que aqueles que apontaram
um maior número de sintomas de stress no início tinham maior risco de morrer
por doenças hepáticas em comparação com quem apresentava menos sinais.
Os mecanismos biológicos por
trás do achado ainda não foram completamente esclarecidos. Pesquisas anteriores
já mostraram, por exemplo, que pessoas expostas ao stress prolongado têm mais
probabilidade de sofrer de doenças no coração. Ao mesmo tempo, os fatores de
risco cardiovascular - como obesidade e aumento de pressão arterial - têm sido
relacionados a uma forma comum de doença no fígado, que é conhecida como
esteatose hepática não alcoólica. A enfermidade é causada pelo acúmulo de
gordura no fígado e não possui sintomas. O diagnóstico geralmente é feito a
partir de ultrassom na região abdominal.
"Essa pesquisa fornece
evidências dos efeitos prejudiciais que a aflição psicológica pode ter no
bem-estar físico. Embora não seja possível confirmar a relação direta entre
causa e efeito, temos fortes evidências de que é importante fazer uma análise
mais aprofundada sobre o tema", disse Tom Russ, autor principal do estudo.
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