segunda-feira, 8 de junho de 2015

Balé não é bom exercício para crianças, diz estudo



Ninguém discute a plasticidade dos movimentos de balé, mas, segundo um estudo da Universidade da Califórnia publicado recentemente na revista científica "Pediatrics", a atividade está longe de ser uma atividade física ideal para crianças. Após avaliar a intensidade de aulas de diferentes estilos de dança, a pesquisa sugere que o hip hop é o mais eficaz.

"As pessoas estão preocupadas sobre a epidemia de obesidade, mas nem tanto sobre os baixos níveis de atividade física no país" disse o autor do estudo, James Sallis, referindo-se aos EUA.

O Departamento de Saúde americano recomenda que crianças e adolescentes pratiquem ao menos uma hora de atividade física de moderada a vigorosa por dia, mas muitos ficam abaixo disso, especialmente entre as meninas. E as aulas de dança não estão ajudando a reduzir essa deficiência.
Sallis estudou os níveis de atividade física de 264 meninas em duas faixas de idade: de 5 a 10 anos e de 11 a 18. As dançarinas usaram acelerômetros para mensuração dos movimentos. Ao todo, foram analisadas 66 aulas de dança de diferentes estilos: balé, jazz, hip hop, flamenco, salsa, sapateado e dança de salão. Apenas 8% das crianças e 6% das adolescentes atingiram a recomendação do governo.

Entre as crianças, o tipo de dança teve grande impacto. O hip hop foi o mais ativo, com 57% do tempo das aulas sendo gasto em atividades de moderadas a vigorosas. O Jazz ficou em segundo lugar, seguido por sapateado, salsa e finalmente o balé, com apenas 30% da aula com atividades físicas significativas. Em último ficou o flamenco, com 14%.

Contudo, entre as adolescentes, os estilos de dança foram bastante similares em termos de atividade física, mas o ritmo é menos que entre as crianças. O balé ficou em primeiro, empatado com o hip hop, com 31% do tempo de aula destinado a movimentos de moderados a vigorosos.

— A dança é uma grande oportunidade para contribuir para a saúde das garotas enquanto elas se divertem com as amigas e desenvolvem suas competências físicas — disse Sallis.



FONTE: O GLOBO


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