terça-feira, 30 de junho de 2015

Rins e Coração: Parceiros na Saúde e na Doença


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A condição dos rins aparentemente é tão confiável como indicador da saúde do coração quanto os testes tradicionais de pressão arterial ou níveis de colesterol. Pesquisadores americanos chegaram a essa conclusão após realizar uma metanálise publicada na revista “The Lancet Diabetes & Endocrinology”.

Cientistas do Chronic Kidney Disease Prognosis Consortium, coordenado por Josef Coresh da Universidade Johns Hopkins em Baltimore (Maryland), analisaram 24 estudos com mais de 637 mil participantes sem histórico de doença cardiovascular. Resultados de testes sobre taxa de filtração glomerular (TFG) e albuminúria estavam disponíveis para todos os sujeitos.

Os testes mostraram que tanto os níveis de TFG como de albuminúria eram indicadores independentes de doenças cardiovasculares de modo geral. Os resultados associados a insuficiência cardíaca e morte devido a ataque cardíaco e acidente vascular cerebral foram particularmente impressionantes. Aqui, a albuminúria mostrou ser o mais forte indicador. E até mesmo agiu melhor como poder preditivo de níveis de pressão arterial sistólica e de colesterol, e foi um fator de risco maior que o tabagismo.

“Se profissionais de saúde tiverem dados de danos ao rim e função renal - que eles geralmente têm - poderão passar a usar esses dados para entender melhor o risco de doença cardiovascular de um paciente”, disse o autor principal Kunihiro Matsushita da Universidade Johns Hopkins. “Testes de níveis de colesterol e de pressão arterial são bons indicadores de risco cardiovascular, mas não são perfeitos. Este estudo nos mostra que podemos fazer ainda melhor com informações que muitas vezes já coletamos.”



FONTE: MSD

segunda-feira, 29 de junho de 2015

O Transumanismo, os chips e a profecia bíblica

Adeptos do transumanismo implantam chips e imãs nas mãos.

Eles crêem que, no futuro, humanos serão mesclados a máquinas; especialistas falam em oportunidades e perigos

 
Toque magnético: Rafael Leão consegue atrair peças de metal com o ímã dentro do dedo

Com um chip RFID (de identificação por radiofrequência) implantado na mão esquerda, o empresário Erico Perrella é o único capaz de desbloquear seu smartphone, e só com a sua proximidade ao aparelho. Já o body piercer Rafael Leão consegue atrair objetos de metal e, segundo ele, sentir energias magnéticas devido ao ímã que possui na ponta de um dos dedos. Apesar de parecerem personagens de ficção científica, ambos fazem parte de um fenômeno real: são adeptos do transumanismo (H+, na sigla), um movimento intelectual que prega o uso da tecnologia para ampliar as capacidades humanas, e que, segundo historiadores e futurólogos, poderá alterar a evolução da nossa espécie com novas oportunidades, mas, também, assustadores perigos.

No entanto, enquanto seus entusiastas veem os implantes subcutâneos como um pequeno passo em direção a um futuro em que homens e máquinas poderiam compor um ser híbrido, para o Conselho Federal de Medicina (CFM) a novidade representa um potencial risco à saúde destas pessoas — o que não impede que brasileiros adquiram as peças em sites estrangeiros e as implantem por conta própria, ou com a ajuda de body piercers.

— Ao mesmo tempo que parecem brincadeira, esses implantes sinalizam um futuro que faz sentido — afirma Perrella, de 23 anos, que possui o chip na mão desde o final de 2014, quando o colocou com a ajuda de um amigo. — Não à toa, empresas como o Google vêm investindo em soluções como lentes de contato que levem informações aos olhos de seus usuários. No futuro, quem sabe, poderemos trocar nossos membros por outros mecânicos, melhores, como uma mão mais forte.

Referência na realização de implantes de chips e ímãs no Brasil, o profissional de body piercing Rafael Leão, de 30 anos, conta já ter feito o procedimento em ao menos 14 pessoas desde 2012.

— Realizo o implante por meio de seringas e agulhas descartáveis, que são vendidas com os próprios chips e ímãs. O cliente chega com as peças, que são encapsuladas em materiais biocompatíveis (cerâmicas e vidros não rejeitados pelo corpo), e eu faço o procedimento, que custa em torno de R$ 150 — explica ele, garantindo que é tudo legal. — É bem rápido, e feito de acordo com as normas acordadas com juntas médicas. Não há cortes.

Leão, que também tem um ímã em uma das mãos, diz que se interessou pelo H+ após ter entrado em contato com alguns de seus adeptos fora do país:
— Comecei a ter contato com um pessoal de fora com esse tipo de implante, e aí fiquei curioso. Hoje tenho um ímã em uma das mãos, e é quase como um sexto sentido. Você vai pegar um fone de ouvido e sente o magnetismo.

MOVIMENTO MUNDIAL

E os brasileiros não estão sozinhos na adoção dos implantes. No início deste ano, o edifício Epicenter, na Suécia, ofereceu aos 400 trabalhadores do prédio a opção de trocar o crachá de acesso ao local por um chip RFID, que poderia ser implantado nas suas mãos.

No mês passado, foi a vez de o pesquisador de segurança digital Seth Wahle virar notícia ao adotar o implante subcutâneo para hackear smartphones com o sistema operacional Android — o experimento foi apresentado na conferência Hack Miami, nos EUA.

Esses episódios, no entanto, são apenas uma pequena parte de um movimento maior e mais antigo. Com uma origem que remonta ao início do século passado, o H+ tem, inclusive, uma associação internacional: a Humanity+. Criada em 1998 pelos filósofos Nick Bostrom e David Pearce, ela atualmente conta com mais seis mil membros em todo o mundo, e se dedica ao “uso ético da tecnologia para expandir as capacidades humanas”.

Além disso, vislumbrados em obras como os filmes “Blade Runner” (1982), a série de TV “Jornada nas estrelas” e até em jogos de videogame, como “Deus Ex: human revolution” (2011), os conceitos por trás da integração entre homens e máquinas encontram eco nas observações de diversos especialistas conceituados.

 
Mão digital: Entusiasta do transumanismo, o empresário Erico Perrella possui um chip RFID implantado na mão e é capaz de desbloquear seu celular apenas com a sua presença.

Notório por suas previsões acertadas — em 1990, ele anteviu a ascensão da internet —, o engenheiro do Google Ray Kurzweil, por exemplo, acredita que até 2030 seremos capazes de conectar nossa mente à nuvem de dados.

— Nosso pensamento será um híbrido biológico e não biológico. Vamos gradualmente nos mesclar (com a tecnologia) e nos aprimorar — afirmou ele em uma palestra recente em Nova York.

Autor do best-seller “Sapiens — Uma breve história da humanidade”, o historiador israelense Yuval Harari afirma em seu último livro, “A História do amanhã”, publicado este ano, e disponível somente em hebraico, por enquanto, que os próximos objetivos da Humanidade são justamente “vencer a morte”, “alcançar a felicidade” e “melhorar o corpo”, por meio do uso de aprimoramentos tecnológicos.

— Pela História houve muitas revoluções econômicas, sociais e políticas. Mas uma coisa permanece constante: a própria Humanidade. Ainda temos o mesmo corpo e a mesma mente que os nossos ancestrais, sejam aqueles do império inca ou do antigo Egito. No entanto, nas próximas décadas, pela primeira vez, a Humanidade passará por uma revolução radical — explica Harari, em entrevista por e-mail. — Nossos corpos e mentes serão transformados pela engenharia genética, nanotecnologia e interfaces entre cérebro e computadores. Assim, corpos e mentes serão os principais produtos do século XXI.

No entanto, de acordo com Harari, ao mesmo tempo que o H+ sinaliza novas oportunidades, ele também nos apresenta novos riscos:

— Se as elites do século XXI tiverem acesso preferencial a tecnologias de aprimoramentos corporais, o resultado pode ser a tradução da desigualdade social em um desequilíbrio biológico.
Enquanto este futuro não chega, os entusiastas do transumanismo dão pequenos passos em direção à tendência adquirindo seus chips e ímãs em lojas on-line especializadas no segmento.

Na americana Dangerous Things, por exemplo, uma das principais do mercado, é possível encontrar estes itens por valores entre US$ 39 e US$ 69. No caso dos chips, eles variam entre duas tecnologias de transmissão de dados: RFID e NFC, esta última compatível com a maioria dos smartphones modernos.

 
Raio X mostra chips implantados nas mãos de Amal Graafstra - Arquivo Pessoal

CFM: ‘PRÁTICA PERIGOSA’

Fundador da loja e autor do livro “RFID toys“ (“Brinquedos RFID”, em tradução livre), Amal Graafstra se interessou pelo movimento H+ em 2005, quando teve a ideia de criar um meio de entrar em seu escritório e na sua casa sem que fosse preciso usar chaves. Para isso, recorreu a um chip subcutâneo RFID e, pouco tempo depois, decidiu abrir a sua loja on-line:
— Percebi que o interesse sobre os implantes de chips RFID vinha crescendo, mas as pessoas careciam de fornecedores seguros desses itens, que eram encapsulados em vidro e com componentes tóxicos. Por isso criei a minha loja, para fornecer apenas itens com materiais de qualidade, biocompatíveis, e testados.

No entanto, para o médico e membro do Conselho Federal de Medicina (CFM) Sidnei Gusmão, os perigos que tais itens representam são maiores do que seu tamanho faz parecer:
— Eles não são aprovados pelas autoridades médicas. Ao injetá-los por debaixo da pele, as pessoas podem atingir vasos ou artérias, fazendo com que o corpo estranho possa migrar para órgãos. Mesmo que as peças sejam pequenas, o problema decorrente disso pode ser enorme.


FONTE: O Globo


Nota NEFROADVEN:

Muitos acreditam que a profecia bíblica da marca da besta na mão e na fronte será o implante literal de um chip sem o qual não se poderá comprar comida nem entrar em estabelecimentos essenciais. Tudo será controlado pelos senhores do mundo. Em troca do chip que nos permitirá fazer as coisas mais elementares, deveremos obedecer às vontades dos poderosos, mesmo que as ordens contrariem a vontade de Deus. Seria mais ou menos assim: Obedeça a Deus, desobedeça aos poderosos e recuse o chip e fique sem comida, sem abrigo, sem saúde e sem família. Desobedeça a Deus, obedeça aos poderosos, aceite o implante do chip e tenha acesso a tudo isso. Seria uma pequena vertente da grande perseguição aos cristãos do fim dos tempos. Será possível que isto aconteça? Minha resposta é quem poderá dizer que não?

Mário Lobato 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Nozes protegem contra morte prematura


Pesquisadores holandeses analisaram hábitos alimentares de mais de 120 mil pessoas

Pesquisadores holandeses analisaram hábitos alimentares de mais de 120 mil pessoas

Se você tem o hábito de comer metade de um punhado de nozes a cada dia, pode estar reduzindo de modo significativo o risco de morrer prematuramente, segundo um estudo feito na Holanda.

Pesquisas anteriores já tinham estabelecido uma relação do consumo de nozes com a boa saúde cardiovascular, mas esta é a primeira vez que foram estudadas nozes específicas e seus efeitos no desenvolvimento de determinadas doenças.

Após dez anos de pesquisa, os cientistas da universidade de Maastricht concluíram que as pessoas que consumiram diariamente pelo menos 10 gramas de nozes ou amendoim tiveram 23% menos risco de morte.

Entretanto, o estudo concluiu também que o consumo de pasta de amendoim (peanut butter) não traz nenhum benefício por conter níveis elevados de sal e de gordura trans.

O que tem de bom em uma noz?

Ácidos graxos monoinsaturados e polinsaturados
Vitaminas de diversos tipos
Fibras
Antioxidantes
Outros compostos bioativos

O estudo analisou dados sobre a dieta alimentar e o estilo de vida fornecidos por 120 mil homens e mulheres holandeses de idades que variavam de 55 a 69 anos. Dez anos depois, os cientistas analisaram o índice de mortalidade do grupo.

O risco de morte prematura causada por câncer, diabetes, doenças respiratórias e neurodegenerativas era menor entre o grupo que consumia nozes regularmente.

Os pesquisadores encontraram um risco 23% menor de mortalidade no período de 10 anos causada por todo o tipo de doenças, com uma redução de:
45% por doenças neurodegenerativas
39% por doenças respiratórias
30% por diabetes

Piet van den Brandt, líder do estudo publicado no International Journal of Epidemiology, disse que foi "impressionante notar uma redução significativa da mortalidade mesmo entre os que consumiam diariamente uma média de 15 gramas de nozes e amendoim."

Os pesquisadores acrescentam que o estudo levou em conta o fato de que normalmente os consumidores de nozes são também consumidores de frutas, verduras e legumes, e que as mulheres que têm hábito de comer nozes são geralmente mais magras. Segundo van den Brandt, os resultados foram ajustados de modo a refletir essa realidade.

FONTE: UOL




quinta-feira, 25 de junho de 2015

Chocolate está associado a menor risco cardiovascular


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O consumo de chocolate estaria "associado" a riscos reduzidos de doenças cardiovasculares - segundo pesquisadores britânicos que não apresentaram provas de uma ligação direta entre o cacau e o bem-estar das artérias.

O consumo de chocolate amargo já foi associado no passado, por meio de diversos estudos, a uma melhor saúde cardiovascular, mas sem que qualquer relação de causa e efeito tenha sido claramente estabelecida.

Para este estudo, um grupo de pesquisadores britânicos procurou analisar as correlações entre o consumo de chocolate e a saúde cardiovascular de um grupo de 25 mil homens e mulheres que moram em Norfolk (leste da Inglaterra) e o acompanhou durante, em média, dez anos.

Os cientistas colocaram em relação as quantidades de chocolate que os participantes declaravam consumir e os dados sobre sua saúde cardiovascular: taxa de colesterol, ocorrência de acidentes cardíacos, de acidente vascular cerebral (AVC), etc.

A partir desta observação, foi constatado que aqueles que declaram consumir mais chocolate têm estatisticamente menos doenças cardiovasculares.

"Segundo este estudo (...), o consumo de até 100 gramas de chocolate por dia está associada a um risco menor de doenças coronarianas e AVC (...)", indicam os pesquisadores num artigo publicado online na revista britânica especializada Heart (do grupo BMJ).

Mas o autores reconhecem também que aqueles que comem mais chocolate são também mais jovens, menos gordos, dispõem de melhor saúde e praticam mais esportes.

Seria possível, então, que o estilo de vida seria o responsável por tornar este grupo de pessoas menos sujeito às doenças do coração.

Além disso, aqueles que sabem que estão em risco de doenças cardiovasculares podem ter tendência a limitar o consumo de chocolate em busca de um estilo de vida melhor, observaram os pesquisadores.

"Apesar de tudo, os itens acumulados relatados neste estudo sugerem que o alto consumo de chocolate pode estar associado a benefícios cardiovasculares", concluíram.

Entrevistado pela AFP, o médico nutrólogo Arnaud Cocaul, do hospital parisiense da Pitié Salpêtrière, explica que trata-se de "um estudo de observação com todas as suas limitações. Uma indústria alimentícia não pode usá-lo como argumento de venda".

Outro especialista parisiense da nutrição, Pierre Azam ressalta por sua vez que "nenhuma certeza em matéria de saúde pública pode sair deste tipo de estudo". Azam disse preocupar-se com os "estragos" com as "reduções" que podem ser feitas pela população a partir destes estudos.

Fonte: UOL


Nota do NEFROADVEN:

As atuais pesquisas estão revelando que café e chocolate, quando consumidos sem açúcar e com moderação, podem ser benéficos para os vasos sanguíneos e para o coração. Mas lembrar que é com moderação e sem açúcar!

Mário Lobato




quarta-feira, 24 de junho de 2015

Morte iminente em idosos pode ser medida pela redução do olfato


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O sentido de olfato reduzido nas pessoas mais velhas pode ser um indicador de morte próxima. Pelo menos foi o sugerido por um estudo americano publicado na revista “Annals of Neurology”. O estudo confirma os resultados de um estudo publicado um ano antes.

Cientistas da Universidade de Columbia (Nova York) analisaram o sentido do olfato de 1.169 adultos idosos. Para testar o sentido do olfato, os participantes deviam identificar 40 aromas diferentes por meio de um teste de múltipla escolha.

O estudo mostrou que 45 por cento dos participantes com as pontuações mais baixas morreram durante os quatro anos seguintes ao experimento. Dos participantes com as pontuações mais altas, somente 18 por cento morreram. Esses resultados são similares aos de outro estudo conduzido no ano passado, que descobriu que 39 por cento daqueles com baixo sentido do olfato morreram, enquanto este foi somente o caso em 19 por cento dos participantes com capacidade de olfato bastante boa, e em dez por cento daqueles com boa capacidade de olfato.

“O aumento de risco de morte aumentou progressivamente com o pior desempenho no teste de identificação de aromas e foi maior naqueles com a pior capacidade olfativa, mesmo depois do ajuste de carga clínica e demência”, disse o autor do estudo Davangere Devanand.

FONTE: MSD


terça-feira, 23 de junho de 2015

Cozinhar verduras destroem parte de seus nutrientes



Ao cozinhar verduras e vegetais, eles perdem alguns de seus nutrientes.
O consumo frequente de vitaminas e antioxidantes ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e de vários tumores.

Prova disso é a longevidade associada à dieta mediterrânea, rica nesses nutrientes, presentes em verduras e legumes.

No entanto, as qualidades desses vegetais podem se perder na água quando são cozidos na panela.

Um estudo espanhol divulgado pela publicação científica Journal of Food Science concluiu que colocar as verduras para ferver - uma das formas mais comuns de se prepará-las - faz com que elas percam uma quantidade significativa de vitaminas e outros antioxidantes.

"A maioria das verduras são consumidas cozidas, então de um ponto de vista prático, era uma preocupação para nós saber se depois de submetê-las a procedimentos domésticos habituais, seus nutrientes eram mantidos, ou se só estaríamos consumindo calorias", explicou María Antonia Murcia, da Universidade de Nutrição e Bromatologia de Múrcia, uma das autoras da pesquisa.

A conclusão principal do trabalho foi que a água "não é a melhor amiga da cozinha" quando se trata de preparar verduras e hortaliças.

O calor e outras condições relacionadas com o cozimento podem acabar com os nutrientes das verduras.

Nutrientes

Segundo um estudo da Universidade de Akron, nos Estados Unidos, a vitamina K é resistente ao calor. As fontes alimentícias da vitamina K incluem hortaliças de cor verde, como couve, espinafre, nabo, acelga, folhas de mostarda, salsa, alface romana e alface de folha verde, além de verduras como couve-de-bruxelas, brócolis, couve-flor e repolho.

No entanto, muitas outras vitaminas, incluindo A, C, B-1, B-2 e o ácido fólico - que estão em vegetais de folhas verdes - são sensíveis ao calor e podem se perder ao cozinhar e ferver a verdura no vapor.

Por outro lado, outras vitaminas e nutrientes podem ficar intactas, mas acabam ficando na água. Neste caso, pode-se utilizar a água do cozimento para temperar o prato ou simplesmente beber o caldo onde estão todos os antioxidantes.

Há algumas recomendações que podem ser seguidas para diminuir a perda de nutrientes na hora de cozinhar os alimentos

Recomendações

A perda de nutrientes por cozimento pode ser reduzida seguindo algumas recomendações, segundo a Associação Espanhola de Nutricionistas.

- Descasque e corte os alimentos pouco antes de prepará-los para o consumo- Deixe de molho por pouco tempo- Espere a água ferver para colocar os alimentos- Coloque uma pitada de vinagre ou suco de limão na água onde estiver cozinhando- Cozinhar os legumes 'al dente' e esfriá-las o quanto antes- Aproveitar a água que cozinhou as verduras para fazer outros alimentos



segunda-feira, 22 de junho de 2015

Castanha-do-pará retarda envelhecimento das células do cérebro, diz estudo


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O consumo de uma castanha-do-pará diariamente ajuda a prevenir o envelhecimento das células do cérebro e manter ativas as capacidades de memória, planejamento e articulação da fala. A melhora se deve ao alto índice de selênio no alimento, que, ao ser absorvido pelas células, combate os radicais livres, moléculas responsáveis pelo envelhecimento das células.

As conclusões fazem parte de um estudo realizado pela nutricionista Bárbara Rita Cardoso, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo). Durante seis meses, ela avaliou 20 pacientes diagnosticados com comprometimento cognitivo leve, ou seja, com uma perda de atividade cerebral leve. Acompanhada de um psicólogo que aplicou testes para avaliar o desempenho cognitivo dos pacientes, ela relacionou o aumento do nível de selênio com a melhoria das capacidades cerebrais.

"No cérebro, quando as células 'envelhecem', acabam por ter suas funções prejudicadas e ficam mais vulneráveis à morte celular", explica a nutricionista. O processo está intimamente relacionado com a degeneração dos neurônios e pode levar ao desenvolvimento do Alzheimer. Para retardar o envelhecimento, Bárbara escolheu estudar os efeitos da castanha, alimento já conhecido por armazenar uma grande quantidade de selênio.

Com essa pesquisa, a nutricionista venceu o Prêmio Jovem Cientista do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), anunciado em 22 de maio. A premiação será realizada em junho.

Agora, a pesquisadora dá continuidade aos estudos na Universidade de Melbourne, na Austrália. O projeto acompanha mil participantes com idade mínima de 60 anos para identificar fatores de risco relacionados ao Alzheimer. O projeto avalia os participantes a cada um ano e meio e é realizado há oito anos. O desafio de Bárbara agora é realizar testes para relacionar a falta de selênio com o Alzheimer.

FONTE: UOL


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Noventa e cinco por cento da população mundial tem problemas de saúde


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Não ter problemas de saúde aparentemente é uma ocorrência rara. De acordo com um estudo internacional, 95 por cento da população mundial tem pelo menos um problema de saúde; uma em cada três pessoas até mesmo apresenta mais de cinco doenças. Os dados foram publicados na revista “The Lancet”.

Para o estudo da carga global de doença (Global Burden of Disease Study), a equipe liderada por Theo Vos da Universidade de Washington (Seattle) analisou fontes de informação sobre problemas de saúde dos últimos 23 anos (1990 a 2013). As estatísticas variaram de doenças sérias a quadros clínicos mais brandos. Conforme o esperado, problemas de saúde em países industrializados foram diferentes daqueles dos países em desenvolvimento.

Em 2013, distúrbios musculoesqueléticos (dor nas costas, dor no pescoço, artrite) estavam entre as dores mais comuns e eram responsáveis por quase metade da sobrecarga da saúde em todo o mundo. Durante o período do estudo, o número de anos vividos com deficiência aumentou de 530 para 760 milhões de anos. A proporção de pessoas com problemas de saúde aumentou de um quinto para um terço da população mundial.

Nos países mais industrializados, os quadros clínicos mais comuns foram dor lombar, seguido de lesões devido a quedas, dor no pescoço, bronquite crônica e depressão. A esses quadros se seguiram distúrbios como perda de audição, enxaqueca, distúrbios de ansiedade, diabetes e Mal de Alzheimer. Na Europa Central, as quedas contribuíram com uma quantidade desproporcional para a sobrecarga da doença. Em onze de treze países, foram a segunda principal causa de deficiência.

Em países de baixa renda, outros problemas foram predominantes. Deficiência devido a guerras é o principal fator de contribuição à pouca saúde no Camboja, Nicarágua e Ruanda, distúrbios de ansiedade são comuns nas nações caribenhas, e o diabetes é o terceiro maior fator de deficiência no México, Nicarágua, Panamá e Venezuela. Na África Subsaariana, HIV/AIDS é o principal acionador do aumento da sobrecarga na saúde.

Um décimo da população mundial é afetada por oito causas de distúrbios crônicos: cáries (2,4 bilhões de pessoas), dor de cabeça por tensão (1,6 bilhão) e anemia por deficiência de ferro (1,2 bilhão). Estes são seguidos por doenças hereditárias: favismo (deficiência de G6PD) com 1,18 bilhão de casos, perda de audição devido à idade (1,23 bilhão), herpes genital (1,12 bilhão), enxaqueca (850 milhões) e ascaríase (800 milhões).





quinta-feira, 18 de junho de 2015

Dormir ajuda a ‘apagar’ memórias inúteis


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Dormir é necessário para produzir memórias duradouras. Um século de estudo sobre o tema já deixou isso claro. No entanto, não se sabe bem como funciona esse mecanismo. No início, acreditava-se que a função do sono era passiva, desligando os sentidos para que os estímulos externos não interferissem na formação das lembranças. Nos últimos anos, porém, descobriu-se que durante as horas na cama se desenvolvem processos que fixam as memórias.

Quanto ao mecanismo, as teorias às vezes se contrapõem. Uma delas diz que o sono debilita parte das sinapses, as conexões entre células nervosas que ajudam a conservar as lembranças. Nesse sentido, um estudo recente sustenta que esquecer o desnecessário é fundamental para lembrar o importante, como às vezes é preciso jogar fora muitos papéis para conseguir encontrar com mais facilidade os documentos relevantes. Dormir serviria, segundo esta hipótese, para esquecer quase tudo, deixando apenas as memórias fixadas nas sinapses mais fortes.

Uma hipótese alternativa propõe um processo combinado no qual algumas conexões se enfraquecem e outras se reforçam, estas últimas por meio do que se conhece como potenciação de longo prazo (LTP), uma intensificação duradoura dos sinais entre dois neurônios produzida quando ambos são estimuladas ao mesmo tempo.

Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no Brasil, estudou as duas hipóteses medindo em ratos os níveis de uma proteína relacionada com a potenciação de longo prazo durante o sono. Depois, utilizaram esses dados para construir modelos em computador para observar como se formam as conexões entre neurônios durante o repouso.

Seus resultados, publicados esta semana na revista PLOS Computational Biology, sugerem que a LTP não só reforça algumas dessas conexões durante o sono como também as reorganiza, favorecendo o surgimento de novas memórias. Segundo os autores, esse mecanismo mostra que as duas teorias sobre o papel do sono na formação de memórias de longo prazo não são excludentes, mas correspondem a diferentes etapas da consolidação das memórias.

“O estudo indica que ciclos completos de sono, incluindo a fase REM, desencadeiam a potenciação de longo prazo durante o sono, produzindo a reestruturação e o fortalecimento de memórias duradouras”, afirma Sidarta Ribeiro, pesquisador da UFRN e coautor do artigo. Este tipo de resultados corrobora a ideia de que “sestas acima de 90 minutos de um ciclo completo de sono seriam a melhor opção”, segundo Ribeiro, para fortalecer as memórias recém-adquiridas. Diante da ideia de criar um medicamento que produza benefícios semelhantes ao sono, o cientista reconhece que, apesar de algumas proteínas essenciais ao processo de consolidação das memórias terem sido identificadas, “não está claro como aumentar esses níveis”.

Outros trabalhos com ratos mostraram que durante o sono são produzidas mudanças físicas relacionadas à formação de memórias. Uma equipe liderada por Wen-Biao Gan, da Universidade de Nova York, publicou há pouco tempo na revista Science como o aprendizado de uma nova tarefa, caso o animal durma em seguida, leva à formação de novos espinhos dendríticos, estruturas nos extremos dos neurônios que permitem a transmissão de sinais elétricos entre eles. Quando os ratos não dormiam, as estruturas associadas ao aprendizado não se formavam.

Muitas pesquisas tentam agora dirimir as dúvidas quanto ao papel de cada fase do sono, desde o REM, no qual sonhamos com mais intensidade, até a mais profunda, na formação de memórias e, em geral, no aprendizado. No entanto, existe um consenso de que, enquanto dormimos, em nosso cérebro acontecem muitas coisas importantes e que o sono não é, de forma alguma, um tempo perdido.

A falta de sono favorece a aparição de falsas lembranças

Além de mostrar a importância do sono na aprendizagem e na formação de lembranças, os cientistas observaram também que não dormir não só prejudica a memória como também favorece a aparição de recordações falsas. Em um estudo publicado na revista Psychological Science, um grupo de pesquisadores dos EUA perguntou a um grupo de 193 participantes quais eram suas lembranças sobre as imagens do voo 93 da United Airlines que caiu na Pensilvânia durante os atentados de 11 de setembro. Apesar de não haver imagens do acidente, os 54% de participantes do estudo que reconheceram ter dormido menos de cinco horas na noite anterior ao ocorrido garantiram tê-las visto. Entre os que tinham dormido mais, apenas 33% tinham essas falsas lembranças.

Em uma continuação da experiência, os pesquisadores pediram aos voluntários que escrevessem um diário com as horas que tinham dormido e outras características sobre a qualidade de seu sono durante uma semana. Depois desse tempo, imagens sobre um crime foram mostradas a eles. Em seguida, foi lido um relato dos fatos que incluía detalhes falsos. Finalmente, observou-se que os 18% dos participantes do estudo que tinham dormido menos de cinco horas incorporaram detalhes falsos, enquanto entre os que tinham descansado bem, apenas 13% o fizeram.


FONTE: El País + VG


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Mesmo quantidades reduzidas de exercício reduzem o risco de morte em idosos


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Nos adultos, entende-se que 150 minutos de exercício moderado a intensivo por semana reduzem o risco de mortalidade. Um estudo francês apresentado no congresso EuroPRevent 2015 da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Lisboa, agora mostra que mesmo níveis substancialmente menores de atividade física podem reduzir a mortalidade nos idosos.

Pesquisadores do Hospital Universitário de St. Etienne-Lyon analisaram dados de mil idosos com 65 anos de idade no início do estudo. Os participantes foram divididos em cinco grupos de acordo com os níveis de atividade e com base nos valores metabólicos equivalentes (MET-h) por semana e acompanhados por 13 anos. Cerca de dez por cento dos participantes do estudo morreram durante a evolução do estudo.

Entre os outros, o estudo mostrou que aqueles cujo nível de atividade chegava às atuais recomendações de 150 minutos de atividade moderada a intensa (7,5 a 15 MET-h por semana) tiveram risco de morte 57 por cento menor em comparação àqueles com os níveis mais baixos. Mas mesmo aqueles que se incluíam em um nível de atividade física significativamente menor – 1 a 3,74 MET-h por semana – ainda tiveram risco de morte 51 por cento menor em comparação àqueles com os níveis mínimos.

Um efeito benéfico no risco de mortalidade também foi alcançado se a atividade física somente teve início ou reinício em uma idade mais avançada (a probabilidade de morte foi dois terços menor). Mas ao reduzir o nível de atividade, mesmo se somente em níveis baixos, o risco aumentava imediatamente.

O aumento da atividade física nos idosos foi negativamente associada à taxa de mortalidade de modo dependente de dose, concluiu o autor do estudo David Hupin. Mesmo menos tempo de exercícios do que o recomendado tem um efeito protetor, ainda que para os idosos esse nem sempre seja um nível alcançável. De acordo com o pesquisador, 75 minutos de atividade moderada a intensa por semana – ou 15 minutos durante cinco dias por semana – é uma meta adequada para essa faixa etária. Pode ser uma caminhada ligeira, andar de bicicleta, natação, ginástica ou outras atividades. “Mesmo pouco é bom, porém mais pode ser melhor”, destacou Hupin.

FONTE: UNIVADIS