Cigarros
eletrônicos podem conter até dez vezes a quantidade de agentes cancerígenos de
um cigarro comum, segundo estudo japonês divulgado nesta quinta-feira
(27). O dispositivo eletrônico, de popularidade crescente especialmente entre
os jovens, funciona aquecendo um líquido que frequentemente contém nicotina,
transformando-o em vapor que é aspirado, da mesma forma que os cigarros
tradicionais, mas sem a fumaça.
Os
pesquisadores encontraram diversas substâncias que podem provocar câncer nos
vapores absorvidos por quem utiliza esse produto: formaldeído, um composto
também conhecido como formol, acetaldeído, acroleína, glioxal e metilglioxal,
entre outros. “As taxas variam consideravelmente de uma marca para outra e
inclusive dentro da mesma marca, de uma amostra para outra”, destacaram os
cientistas, que mediram as concentrações das diferentes substâncias em cinco
marcas (não citadas) de cigarros eletrônicos.
“Em uma
das marcas analisadas, a equipe de pesquisa encontrou um nível de formaldeído
que chegou a dez vezes mais que o registrado em um cigarro tradicional”,
explicou o cientista Naoki Kunugita, do Instituto Nacional de Saúde Pública
japonês, que coordenou o estudo. Ele afirmou ainda que quanto mais quente
fica o fio que aquece o líquido, maiores são as quantidades produzidas dessas
substâncias.
O
estudo foi entregue ao Ministério da Saúde do Japão, que questiona, assim como
seus equivalentes em outros países, até que ponto é necessário regulamentar o
uso dos cigarros eletrônicos sem nicotina que utilizam líquidos perfumados. Os
consumidores de cigarros eletrônicos no Japão são menos visíveis que os
fumantes tradicionais e as lojas especializadas consideravelmente menos
numerosas, mas a transição do tabaco para o vapor é um fenômeno crescente que
provoca a preocupação das autoridades.
Em
agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou os governos para banir a
venda de cigarros eletrônicos para menores de 18 anos, afirmando que eles são
uma “grave ameaça” especialmente para gestantes e seus filhos e jovens. As
autoridades de saúde americanas divulgaram este ano que o número de jovens que
experimentaram os cigarros eletrônicos triplicou de 2011 para 2013.
O
Dicionário Oxford escolheu “vape”, termo que significa “tragar cigarro
eletrônico”, como palavra do ano para 2014. O uso desse termo mais que dobrou
em relação ao ano passado.
Fonte: Veja e VG
Nota do NEFROADVEN:
O homem pode querer inventar tudo para camuflar, disfarçar, acomodar um vício. Mas vício é vício e nunca deixará de ser vício. Vício prejudica. Mata. Só deixará o homem se o homem o deixar.
Mário Lobato
Nenhum comentário:
Postar um comentário