A Saúde Pública da Dilma, do Lula e do PT
O Mais Médicos é um
dos mais ilustrativos exemplos de como as administrações petistas alçam o
improviso à categoria de política de governo em áreas essenciais. Em dois anos,
o programa, lançado às pressas no calor das manifestações de junho de 2013,
provou ser apenas combustível para o populismo com o qual a presidente Dilma
Rousseff pretendia, como pretende, enfrentar o derretimento de seu governo.
Enquanto isso, o sistema público de saúde, que a propaganda do PT não
consegue maquiar, continua a ser o pesadelo dos cidadãos que dele precisam.
Na falta de algo melhor para
explorar numa gestão que produziu tantos desastres, Dilma transformou a
efeméride do Mais Médicos em um evento político, para tentar mostrar
que ainda há quem a apoie - mesmo que se tenha constatado que a claque que a
aplaudiu calorosamente era formada só por gente do governo e por integrantes do
programa.
Num ambiente à prova de vaias,
no Palácio do Planalto, Dilma pôde qualificar o Mais Médicos como
"uma revolução na área da saúdepública", resultado, segundo ela,
de "árdua e penosa elaboração". São declarações como essas que ajudam
a explicar a destruição da credibilidade da presidente.
O Mais Médicos, como se
sabe, foi criado pelo governo com dois objetivos: ajudar a candidatura do
então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo paulista na eleição
de 2014; e financiar a ditadura de Cuba, por meio da contratação de milhares
de médicos cubanos. De quebra, o programa pretendia criar a sensação,
para os incautos, de que os petistas haviam encontrado a fórmula para acabar
com os problemas da saúde: bastava enviar médicos para o
interior para se fazer a tal "revolução" alardeada por Dilma.
Dos objetivos petistas, o
único plenamente satisfeito - porque era apenas isso que realmente interessava
desde sempre - foi a transferência de dinheiro para Cuba. Como se sabe,
os médicos cubanos para cá enviados recebem apenas uma fração do
salário prometido, ficando a maior parte com os irmãos Castro. Além disso, o
programa ajudou a transplantar para o território brasileiro as práticas da
ditadura cubana, pois os médicos exportados por Cuba são vigiados o tempo
todo por capatazes de Havana e sofrem severas restrições de movimento e de
expressão. Não é à toa que, quando podem, muitos escolhem desertar.
Dilma, é claro, não deixou de
agradecer a "solidariedade" do governo de Cuba, com quem o Brasil,
graças ao programa, "estreitou relações". E a presidente aproveitou
para atacar aqueles que lhe fizeram "críticas extremadas" quando o
programa foi lançado, porque, segundo ela, havia "desconhecimento
básico" a respeito da iniciativa.
Passados dois anos, porém,
já está claro que, embora o atendimento possa ter melhorado em alguns
lugares remotos, o Mais Médicos não passa de um remendo - e malfeito,
conforme constatou auditoria do Tribunal de Contas da União, que verificou
diversos problemas graças à execução apressada.
Enquanto Dilma festeja
o Mais Médicos como solução mágica dos problemas na área
de saúde - afinal, para os petistas basta apenas demonstrar a tal
"Vontade política" para que tudo melhore aqueles que são obrigados a
encarar as terríveis condições do Sistema Único de Saúde (SUS) não
estão nem um pouco satisfeitos. Na última pesquisado Ibope sobre o governo de
Dilma, nada menos que 86% dos entrevistados disseram reprovar a maneira como a
presidente lida com a saúde pública.
Pudera. Um levantamento
recente do Conselho Federal de Medicina mostra que 74% dos
procedimentos hospitalares previstos na tabela doSUS não tiveram seus
valores corrigidos pela inflação entre 2008 e 2014. Em certos casos, a
defasagem pode passar de 400%. É preciso lembrar também que, enquanto Dilma
brincava de importar médicos cubanos, seu governo fechava 14 mil
leitos de internação. Nessas condições, fica muito difícil esperar que hospitais
e médicos consigam dar atendimento decente a milhões de pessoas que
dependem do SUS - justamente os mais pobres, aqueles
cuja saúde Dilma diz ter revolucionado.
Fonte: CFM
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