Creatinina é um exame
laboratorial dosado no sangue, importante para quantificar, de forma estimada,
a função dos rins. O valor normal varia com a idade, a massa muscular, o peso,
o gênero e a raça, podendo ser também medida através da urina de 24 horas
(Clearance de Creatinina). De acordo com o resultado da creatinina, faz-se um
cálculo estimado da função renal, sendo que todo aquele que apresentar um valor
de Clearance de Creatinina < 60ml/min/1,73m² SC é considerado portador de
doença renal crônica (DRC), antigamente conhecida por insuficiência renal
crônica. Na prática, quanto maior for o resultado da creatinina no sangue, pior
é a função dos rins.
Todo ano, o número de pessoas com alguma disfunção (alteração) no
funcionamento renal aumenta. Em 2002 eram 48.806 pacientes em tratamento
dialítico no Brasil. Em 2012, este número dobrou: foram cerca de 97 mil
pacientes submetidos à diálise no Brasil. Estima-se que em 2018 mais de 150 mil
pacientes estejam dependentes do tratamento de diálise. O problema não para por
aí. Mais de 10 milhões de pessoas, que não se submetem à diálise, apresentam
alguma disfunção renal. Se formos somar este grupo às pessoas que estão na
faixa de risco relativo para a DRC (os diabéticos, os hipertensos, os obesos,
os idosos e os parentes de pessoas portadoras de doença renal), hipoteticamente
chegamos a um número alarmante de cerca de 35 milhões de pessoas com sérios
riscos de ingressarem na diálise.
Diversos são os problemas de saúde que afetam o
funcionamento dos rins, culminando na perda progressiva parcial ou completa da
função renal. Entre as principais estão o Diabetes mellitus e a Hipertensão Arterial
que, juntas, levam até 70% dos pacientes para o tratamento renal substitutivo
(Hemodiálise, Diálise Peritoneal ou Transplante Renal). Outras doenças que
predispõem ao aparecimento de doença renal crônica são o Lupus Eritematoso
Sistêmico, Doença Renal Policística, Cálculos Renais frequentes, Infecção do
Trato Urinário recorrente e uso indiscriminado de medicamentos, especialmente
os anti-inflamatórios não hormonais, como Diclofenaco, Nimesulida e
Cetoprofeno.
Sinais e Sintomas de Disfunção Renal
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Alteração na cor da
urina
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Dor ou ardor na urina
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Passar a urinar toda hora
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Inchaço dos tornozelos
ou ao redor dos olhos
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Urinar mais de 1x à noite e Dor lombar
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Náuseas e vômitos frequentes pela manhã
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Pressão sanguínea
elevada
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Anemia (palidez anormal)
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Fraqueza e desânimo constante
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Mário Lobato.
Médico Nefrologista Especialista
em Hipertensão Arterial Sistêmica
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