segunda-feira, 13 de junho de 2016

Como o intestino apoia o sistema imunológico.


Resultado de imagem para sistema imunológico

Um estudo realizado por uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pelo Life and Medical Sciences Institute (LIMES) e pelo grupo de excelência ImmunoSensation da University of Bonn, demonstrou como componentes nutricionais e fatores ambientais influenciam o sistema imunológico através do intestino. De acordo com um artigo publicado na “Scientific Reports”, tanto o receptor Ah quanto seu repressor têm um papel crucial nesse processo.

“O intestino assume uma importante função de barreira de modo que, na maior extensão possível, nenhum organismo ou substância nociva consiga ultrapassar essa fortaleza”, explica a líder do estudo Irmgard Foerster. Nesse processo, tanto o receptor Ah (receptor aril hidrocarboneto) quanto o repressor do receptor Ah desempenham funções importantes. Até agora, não se sabia como o receptor realmente funcionava.

Em um estudo com camundongos, os cientistas substituíram o gene para o repressor do receptor de Ah por uma proteína verde fluorescente. “Sempre que o gene para o repressor do receptor Ah deveria se tornar ativo, a proteína fluorescente brilhava”, disse Oliver Schanz, um dos principais autores do estudo. Achados mostram que o repressor era particularmente ativo quando o receptor Ah estava trabalhando no seu nível máximo. “Os dados mostram que as duas contrapartes são necessárias para se ter uma resposta imunológica equilibrada”, diz Foerster.

Quando os pesquisadores desativaram o gene repressor do receptor Ah nos camundongos, os animais foram protegidos contra um choque séptico. Contudo, o mau funcionamento do repressor e do receptor resultou em uma sensibilidade aumentada para a inflamação crônica do intestino. Os dois antagonistas afetam a produção de substâncias imunoestimulantes, como interleucina-1 beta ou interferon gama. “Uma resposta imunológica apropriada só é promovida se o receptor Ah e o repressor do receptor Ah estiverem equilibrados”, disse a coautora do estudo Heike Weighardt.

De acordo com os cientistas, este estudo demonstra, novamente, que o alimento pode ter um impacto substancial no sistema imunológico. “Contudo, o grau em que os resultados de um estudo animal podem ser transferidos para humanos ainda precisa ser pesquisado”, diz Foerster.

FONTE: APA



Nenhum comentário:

Postar um comentário