segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Exercício aeróbico é melhor do que exercícios de resistência para reduzir gordura no fígado e gordura visceral


Exercício aeróbico é melhor do que exercícios de resistência para reduzir gordura no fígado e gordura visceral

O exercício aeróbico é melhor do que exercícios de resistência na redução do teor lipídico intrahepático e da gordura visceral e melhora a sensibilidade à insulina em adolescentes obesas. Esses dados são de um estudo, controlado e randomizado, publicado pelo periódico American Journal of Physiology - Endocrinology and Metabolism.
O pesquisador So Jung Lee e colaboradores examinaram os efeitos do exercício aeróbico (EA) versus exercícios de resistência (ER) sobre o tecido adiposo visceral (TAV), lípides intrahepáticos e sensibilidade à insulina em meninas obesas.

Quarenta e quatro adolescentes obesas (IMC ≥ ao percentil 95 para idades entre 12 e 18 anos) com obesidadeabdominal (circunferência da cintura 106,5±11,1 cm) foram randomizadas para três modalidades de 180 minutos/semana de EA (n=16) ou ER (n=16) ou para um grupo controle que não fez exercícios físicos (n=12).

A gordura total e o TAV foram avaliados por ressonância magnética, os lipídeos intra-hepáticos por espectroscopia de prótons por ressonância magnética, o tecido adiposo intermuscular (IMAT) foi medido portomografia computadorizada (TC) e também foi observada a sensibilidade à insulina.

Comparados com os controles (0,13±1,10 kg), o peso corporal não se alterou (P>0,1) no grupo do EA (-1,31±1,43 kg) e no grupo ER (-0,31±1,38 kg). Apesar da ausência da perda de peso, a gordura corporal total (%) e o IMAT diminuíram (P<0,05) em ambos os grupos que fizeram exercícios em comparação com o grupo controle. Em comparação com o grupo controle, (P<0,05) as reduções significativas no TAV e lipídico intra-hepático e a melhora na sensibilidade à insulina foram observadas no grupo do EA, mas não o grupo do ER. As melhorias na sensibilidade à insulina no grupo do EA foram associadas às reduções no total da massa de tecido adiposo.

Em adolescentes obesas, a prática de exercícios aeróbicos, mas não de exercícios de resistência é eficaz na redução da gordura no fígado e da adiposidade visceral e melhora a sensibilidade à insulina independente da perda de peso ou da restrição calórica.

Fonte: American Journal of Physiology (News.Med)




quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Novo teste pode melhorar significativamente a triagem de câncer de próstata


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Um novo método de triagem de câncer de próstata pode melhorar o diagnóstico de casos agressivos. De acordo com um estudo publicado na revista “The Lancet Oncology”, o novo teste combina exame de sangue, marcadores genéticos e dados clínicos e é melhor para detectar câncer agressivo do que PSA.

O problema com PSA é que não se consegue distinguir entre câncer agressivo e câncer benigno, e quase sempre não se descobrem os casos agressivos. O novo teste STHLM3, desenvolvido por pesquisadores do Karolinska Institutet em Estocolmo, é um exame de sangue que analisa a combinação de seis marcadores de proteína, mais de 200 marcadores genéticos e dados clínicos (idade, histórico familiar e biópsias de próstata anteriores).

O estudo incluiu cerca de 59 mil homens de Estocolmo, de 50 a 69 anos de idade e foi realizado entre 2012 e 2014. O teste STHLM3 e o PSA foram realizados em todos os participantes e depois comparados. Os resultados mostram que o teste STHLM3 reduziu o número de biópsias em 30 por cento sem comprometer a segurança do paciente. Além disso, o teste STHLM3 descobriu câncer agressivo em homens com baixos valores de PSA.

Os autores acreditam que os resultados do estudo devam ser promissores. “Se pudermos introduzir um meio mais exato de testar o câncer de próstata, evitaremos que pacientes sofram sem necessidade e economizamos recursos para a sociedade”, disse o autor do estudo Henrik Groenberg. O teste STHLM3 estará disponível na Suécia em março de 2016 e agora será validado em outros países e grupos étnicos.

FONTE: MSD




quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Médicos salvam mãe e bebê com cirurgia delicada, após recusa de ‘aborto terapêutico’


Imagem: Divulgação

Como prova de que milagres acontecem, o site do ‘O Globo’, publicou matéria em que conta que uma equipe multidisciplinar do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), liderada pelo cirurgião cardíaco Olívio Souza Neto, realizou uma cirurgia invasiva por vídeo, em uma paciente que se recusou a realizar um aborto terapêutico.

Com estenose mitral grave, a paciente Fabiana Felisberto, grávida de 14 semanas, não podia levar a gestação adiante, sob risco de morrer junto com o bebê. Todas as indicações eram de aborto terapêutico, mas ela disse não e foi firme em sua decisão. Diante da recusa da mãe, os médicos optaram, junto com ela, por uma operação diferente sob vários aspectos, para salvar a mãe e, talvez, o bebê.

Hoje, já com seis meses, Enzo está tão forte quanto a mãe. A experiência — inédita no mundo, segundo a equipe médica — deve ser publicada em revistas de referência e será contada noAmerican Association for Thoracic Surgery AATS Cardiovascular Valve Symposium 2015, um congresso americano que, pela primeira vez, acontece no Brasil, dias 20 e 21 de novembro.

Na matéria do ‘O Globo’, Souza Neto, chefe do serviço de cirurgia cardíaca do HSE, afirmou que ao encontrar com Fabiana a mesma pediu que ele não a tentasse convencê-la a tirar o bebê, porque ela acreditava que daria tudo certo. “Eu disse que ela poderia não aguentar, mas, de fato, a cirurgia ocorreu sem a menor intercorrência. Há coisas que não conseguimos explicar”, disse o médico.

Aos 14 anos Fabiana descobriu uma doença no coração, depois que uma forte dor de garganta se transformou em febre reumática e atingiu o coração. Aos 20 anos ela teve uma aborto espontâneo de gêmeos. E mesmo que um problema não estivesse relacionado com o outro, abortar novamente não era uma opção para a jovem mãe de 26 anos que pertence a Igreja Palavra Viva, em Belford Roxo (RJ) .

Na matéria do ‘O Globo’, Fabiana afirmou que “se Deus quiser levar meu filho durante a cirurgia, tudo bem, mas não vou fazer nada antes”. Ela declarou que tudo foi obra de um milagre e agradeceu pela vida do médico David Esteves, o cardiologista responsável pela unidade materno-fetal do HSE.
O doutor David explicou que recebeu Fabiana em seu consultório com a indicação de aborto terapêutico como condição para a cirurgia. Mesmo que a orientação fosse pelo aborto, a decisão deveria ser coletiva. “As decisões têm que ser compartilhadas, é uma pessoa que está ali. E, neste caso, a grande decisão foi dela”, observa ele.

Após uma delicada cirurgia, que durou cinco horas, Fabiana ficou internada por 15 dias. Teve anemia, precisou fazer transfusão de sangue e ainda enfrentou uma pneumonia.

Enzo nasceu dia 29 de abril deste ano, uma cesárea na 38ª semana. E Fabiana está ótima, até dança no grupo da igreja. A cicatriz da cirurgia é imperceptível.



Fonte: VG e o Globo


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Entenda o que faz um nefrologista


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Nefrologia é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas ao rim.

O médico especializado nas doenças do sistema urinário chama-se médico nefrologista.

No Brasil, o tempo para formar um nefrologista é de 10 anos de estudo (6 anos do curso Médico, 2 anos de residência ou estágio em clínica médica e mais 2 anos de residência ou estágio em nefrologia).

Entre as diversas atividades de um médico nefrologista, pode-se destacar:

Prevenção de doenças renais;
Diagnóstico e tratamento de hipertensão arterial (pressão alta);
Diagnóstico e tratamento de infecções urinárias;
Diagnóstico e tratamento de nefrites;
Diagnóstico e tratamento de litíase renal (pedra nos rins);
Diagnóstico e tratamento de doenças renais císticas;
Diagnóstico e tratamento da doença renal crônica;
Diagnóstico e tratamento da lesão renal aguda;
Hemodiálise;
Diálise peritoneal;
Transplante renal.

Recomenda-se que pacientes com mais de 40 anos façam anualmente uma consulta médica com um médico nefrologista e façam os exames de dosagem da creatinina no sangue e o exame de urina.

Para pacientes com diabetes, pressão alta, história familiar de problemas renais, pedra nos rins, história de nefrites ou infecção na infância recomenda-se consulta e seguimento do tratamento com um médico nefrologista.

Cuide-se! Ame-se! Ame os seus rins!

Fonte: SBN




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Mais peixe e menos carne vermelha podem colaborar para menor atrofia cerebral em idosos


Mais peixe e menos carne podem colaborar para menor atrofia cerebral em idosos

Com o objetivo de determinar se a maior adesão a uma dieta do tipo mediterrâneo (MeDi) está relacionada ao maior volume cerebral ou espessura cortical medido por ressonância nuclear magnética (RNM) foi realizado um trabalho publicado pelo periódico Neurology.

Neste estudo transversal, a ressonância magnética de alta resolução foi realizada em 674 idosos (idade média de 80,1 anos) sem demência que participaram de uma coorte multiétnica de base comunitária. Informações dietéticas foram coletadas através de um questionário de frequência alimentar. O volume total do cérebro (TBV), volume total de massa cinzenta (TGMV), volume total de substância branca (TWMV), média de espessura cortical (MCT) e volume regional ou espessura cortical foram derivados de ressonância magnética usando o programa FreeSurfer. Foi examinada a associação da MeDi (pontuada como 0 a 9) e de grupos alimentares individuais com o volume e espessura cerebrais usando modelos de regressão ajustados para idade, sexo, etnia, educação, índice de massa corporal, diabetes e cognição.

Em comparação com uma menor adesão à MeDi (0-4), a aderência mais elevada (5-9) foi associada com 13,11 (p=0,007), 5,00 (p=0,05) e 6,41 (p=0,05) mililitros maiores de TBV, TGMV e TWMV, respectivamente. A maior ingestão de peixes (b=7,06; p=0,006) e menor de carne (b=8,42; p=0,002) estiveram associadas com maior TGMV. O menor consumo de carne também foi associado ao maior TBV (b=12,20; p=0,02).

Entre os idosos estudados, a maior adesão à MeDi foi associada à menor atrofia do cérebro, com efeito semelhante ao de cinco anos de envelhecimento. A maior ingestão de peixes e a menor ingestão de carne podem ser os dois elementos-chave da alimentação que contribuem para os benefícios da MeDi na estrutura do cérebro.





sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O consumo de 50 gramas de carne processada ingerida diariamente aumenta o risco de câncer intestinal em 18%


O consumo de 50 gramas de carne processada ingerida diariamente aumenta o risco de câncer colorretal em 18%

A Agência Internacional de Investigação sobre Câncer (IARC), agência do câncer da Organização Mundial da Saúde, avaliou a carcinogenicidade do consumo de carne vermelha e carne processada.

Depois de uma profunda revisão da literatura científica, um grupo de 22 especialistas de 10 países reunidos pelo Programa de Monografias IARC classificou o consumo de carne vermelha como provavelmente cancerígeno para os seres humanos (Grupo 2A), com base em evidências limitadas.

Esta associação foi observada principalmente para o câncer colorretal, mas as associações também foram vistos para câncer de pâncreas e câncer de próstata.

A carne processada foi classificada como carcinogênico para humanos (Grupo 1), com base em provas suficientes de que o consumo de carne processada provoca câncer colorretal em humanos.

Os peritos concluíram que cada porção de 50 gramas de carne processada ingerida diariamente aumenta o risco de câncer colorretal em 18%.

"Para um indivíduo, o risco de desenvolver câncer colorretal por causa de seu consumo de carne processada permanece pequeno, mas este risco aumenta com a quantidade de carne consumida," diz o Dr. Kurt Straif, Chefe do Programa de Monografias IARC. "Tendo em vista o grande número de pessoas que consomem carne processada, o impacto global sobre a incidência de câncer é de importância para a saúde pública".

O estudo considerou mais de 800 estudos que investigaram associações de mais de uma dúzia de tipos de câncer com o consumo de carne vermelha ou de carne processada em muitos países e populações com diferentes dietas. A evidência mais influente veio de grandes estudos prospectivos de coorte realizados nos últimos 20 anos.

Os resultados corroboram as mais atuais recomendações de saúde pública para limitar a ingestão de carne. No entanto, a carne vermelha tem valor nutricional importante. É preciso que os governos e as agências reguladoras internacionais realizem avaliações de risco, a fim de equilibrar os riscos e os benefícios de comer carne vermelha e carne processada e para fornecer as melhores recomendações dietéticas possíveis, segundo informam os pesquisadores.

A carne vermelha refere-se a todos os tipos de carne de músculo de mamíferos, como carne bovina, vitela, porco, cordeiro, carneiro, cavalo e de cabra.

Carne processada refere-se a carne que tenha sido transformada através de salga, secagem, fermentação, fumo ou outros processos para realçar o sabor ou melhorar a preservação. Exemplos de carne processada incluem bacon, salsicha, presunto, carne enlatada, carne seca ou charque, bem como preparações à base de carne e molhos.



quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Carne e alguns compostos culinários podem influenciar o risco de câncer renal


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Recentemente, a OMS causou agitação com a classificação de carne processada como carcinogênica. A revista “Cancer” publicou agora outro estudo indicando que uma dieta rica em carne pode aumentar o risco de desenvolver câncer no rim mediante mecanismos relacionados a determinados compostos culinários. Essas associações podem ainda ser modificadas por fatores genéticos.

Para o estudo, uma equipe de pesquisa do MD Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, em Houston, liderada por Xifeng Wu, estudou a ingestão alimentar e os fatores de risco genético de 659 pacientes recém-diagnosticados com carcinoma de células renais (Renal Cell Carcinoma, RCC) e 699 controles saudáveis. Eles descobriram que pacientes com câncer renal consumiam mais carne vermelha e branca em comparação a indivíduos que não tinham câncer. Além disso, pacientes com câncer consumiam mais compostos químicos carcinogênicos que são produzidos quando a carne é cozinhada em altas temperaturas ou sobre o fogo - principalmente se preparada na frigideira ou em forma de churrasco.

E ainda, os investigadores descobriram que indivíduos com determinadas variantes genéticas eram mais suscetíveis aos efeitos prejudiciais desses compostos químicos causadores de câncer.

Esses achados sugerem que reduzir o consumo de carne, principalmente quando se cozinha em altas temperaturas ou em fogo aberto, pode ajudar a reduzir o risco de se desenvolver câncer, concluíram os autores. E também os testes genéticos podem ajudar a identificar indivíduos em risco particularmente alto.

FONTE: MSD



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Estudo confirma: idosos se beneficiam da vacina contra gripe


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As vacinas contra gripe protegem com eficácia as pessoas mais velhas em casas de repouso contra hospitalizações e mortes relacionadas à gripe. Pesquisadores norte-americanos chegaram a esta conclusão depois de comparar dados de milhões de residentes de casas de repouso durante muitos anos. Os resultados foram apresentados na revista “Journal of the American Geriatrics Society”.

Em seu estudo, os cientistas da Universidade Brown, em Providence (Rhode Island), usaram variações naturais na eficácia da vacina contra gripe nos anos 2000 a 2009. Eles analisaram os dados de cerca de um milhão de residentes de casas de repouso que receberam a vacinação padrão contra a gripe todos os anos. Naquela década, houve anos em que a taxa de correspondência entre a cepa do vírus da gripe em circulação e a vacina foi muito elevada, e houve anos em que a correspondência e, portanto, a eficácia da imunização, foi muito fraca.

Depois disso, os pesquisadores compararam casos semanais de mortes e hospitalizações relacionadas à gripe na estação de gripe de cada ano. Os resultados mostraram que, para cada aumento de ponto percentual na taxa de correspondência, o número de mortes semanais declinou 0,0016 e o de hospitalizações declinou 0,002 por 1.000 residentes de casas de repouso. Em termos de números reais, isso significa que um aumento de 50 pontos percentuais na taxa de correspondência em uma estação de gripe salvou as vidas de 2.560 residentes de casas de repouso e preveniu 3.200 hospitalizações.

“Este estudo evidencia a proteção para uma população idosa para a qual a eficácia da vacina foi questionada”, afirma Stefan Gravenstein, o coautor. Usando a aleatoriedade da correspondência da vacina, ou não correspondência, à cepa da gripe, foi possível eliminar alguns desses fatores que distorcem os resultados, acrescentaram os autores.