Quando uma força irrefreável como o subcontinente indiano bate em um objeto imóvel como a Ásia, as consequências incluem as montanhas mais altas do mundo e uma cadência de terremotos como o de magnitude 7,8 que assolou o Nepal no mês passado, com um forte abalo secundário na mesma região na semana passada.
Muitas das questões geológicas
sobre a colisão continuam sem resposta. Como o subcontinente indiano chegou tão
rápido até onde está hoje em dia? Que tamanho tinha a Índia originalmente?
Mesmo a mais simples das perguntas -- quando a Índia encontrou a Eurásia, a
placa tectônica sobre a qual se assentam a Europa e a Ásia? -- provoca debate,
com pesquisadores oferecendo respostas que diferem em 30 milhões de anos.
"Vai ser difícil
convencer alguém", afirmou Oliver E. Jagoutz, geólogo do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT) que integra a equipe que apresentou suas
ideias sobre a colisão no periódico "Nature Geoscience".
Outro mistério é por que a
Índia continua se movendo em direção à Ásia em um ritmo acelerado -- de quatro
a cinco centímetros por ano --, gerando terremotos devastadores.
"Esse é um dos maiores
problemas que temos nas placas tectônicas. Pode não parecer muita coisa, mas é
a mesma velocidade com que crescem as unhas", disse Douwe J.J. van
Hinsbergen, professor de geociências da Universidade de Utrecht, na Holanda.
Os geólogos são como
investigadores de acidentes tentando decifrar o que aconteceu a partir dos
destroços, buscando entender como rochas do leito oceânico terminaram no alto
do Himalaia. Boa parte das provas, tais como o pedaço da Índia que agora está
enterrado debaixo do Tibete e do Himalaia, estão fora do alcance.
Mesmo assim, até uma década
atrás, os cientistas achavam que a história estava resolvida.
Ao longo dos 4,5 bilhões de
anos de história da Terra, os maciços pedaços de terra alternaram períodos em
que se combinaram em supercontinentes como Pangeia, há 300 milhões de anos, e
momentos como hoje, em que estão se afastando.
No auge da era dos
dinossauros, Pangeia se partiu em dois continentes gigantes: Laurásia e
Gondwana, e a Índia integrava o segundo, no hemisfério Sul, ligada à Antártida
e aninhada entre África e Austrália.
Há mais de 100 milhões de
anos, a Índia se separou e rumou para o norte. Segundo a explicação amplamente
aceita, aquele fragmento continental em fuga colidiu com a Eurásia entre 50
milhões e 55 milhões de anos atrás em um dos poucos lugares hoje em dia em que
um pedaço de continente corre sobre um continente e não sobre uma placa
oceânica.
Porém nem todas as peças do
pensamento convencional se encaixam.
Novas análises do magnetismo
preservado em rochas sugerem que a ponta sul da Eurásia se encontrava mais ao
norte do que se pensava, intensificando a questão se a Índia estava perto o
suficiente para, então, fazer contato com a Ásia.
"Antigamente, nós
pensávamos que, quando a Índia se chocou com o sul asiático, o sul tibetano
estava 2.000 quilômetros ao sul de onde está agora. E tudo aquilo fazia
sentido. Se a colisão foi há 40 milhões ou 50 milhões de anos e a parte sul da
Ásia estava lá embaixo, temos uma batida", declarou Peter H. Molnar,
professor de geociências da Universidade do Colorado...
FONTE: UOL
Nota do NEFROADVEN:
Cientistas procuram pelas causas dos terremotos. A Bíblia já tem o motivo: a Proximidade da volta de Jesus!!!
Mário Lobato
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