quarta-feira, 27 de maio de 2015

Cientistas tentam entender motivos de terremotos no Himalaia


Astronauta retrata o Himalaia a partir do espaço, em outubro de 2014

Quando uma força irrefreável como o subcontinente indiano bate em um objeto imóvel como a Ásia, as consequências incluem as montanhas mais altas do mundo e uma cadência de terremotos como o de magnitude 7,8 que assolou o Nepal no mês passado, com um forte abalo secundário na mesma região na semana passada.

Muitas das questões geológicas sobre a colisão continuam sem resposta. Como o subcontinente indiano chegou tão rápido até onde está hoje em dia? Que tamanho tinha a Índia originalmente? Mesmo a mais simples das perguntas -- quando a Índia encontrou a Eurásia, a placa tectônica sobre a qual se assentam a Europa e a Ásia? -- provoca debate, com pesquisadores oferecendo respostas que diferem em 30 milhões de anos.

"Vai ser difícil convencer alguém", afirmou Oliver E. Jagoutz, geólogo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que integra a equipe que apresentou suas ideias sobre a colisão no periódico "Nature Geoscience".

Outro mistério é por que a Índia continua se movendo em direção à Ásia em um ritmo acelerado -- de quatro a cinco centímetros por ano --, gerando terremotos devastadores.

"Esse é um dos maiores problemas que temos nas placas tectônicas. Pode não parecer muita coisa, mas é a mesma velocidade com que crescem as unhas", disse Douwe J.J. van Hinsbergen, professor de geociências da Universidade de Utrecht, na Holanda.

Os geólogos são como investigadores de acidentes tentando decifrar o que aconteceu a partir dos destroços, buscando entender como rochas do leito oceânico terminaram no alto do Himalaia. Boa parte das provas, tais como o pedaço da Índia que agora está enterrado debaixo do Tibete e do Himalaia, estão fora do alcance.

Mesmo assim, até uma década atrás, os cientistas achavam que a história estava resolvida.

Ao longo dos 4,5 bilhões de anos de história da Terra, os maciços pedaços de terra alternaram períodos em que se combinaram em supercontinentes como Pangeia, há 300 milhões de anos, e momentos como hoje, em que estão se afastando.
No auge da era dos dinossauros, Pangeia se partiu em dois continentes gigantes: Laurásia e Gondwana, e a Índia integrava o segundo, no hemisfério Sul, ligada à Antártida e aninhada entre África e Austrália.

Há mais de 100 milhões de anos, a Índia se separou e rumou para o norte. Segundo a explicação amplamente aceita, aquele fragmento continental em fuga colidiu com a Eurásia entre 50 milhões e 55 milhões de anos atrás em um dos poucos lugares hoje em dia em que um pedaço de continente corre sobre um continente e não sobre uma placa oceânica.

Porém nem todas as peças do pensamento convencional se encaixam.

Novas análises do magnetismo preservado em rochas sugerem que a ponta sul da Eurásia se encontrava mais ao norte do que se pensava, intensificando a questão se a Índia estava perto o suficiente para, então, fazer contato com a Ásia.

"Antigamente, nós pensávamos que, quando a Índia se chocou com o sul asiático, o sul tibetano estava 2.000 quilômetros ao sul de onde está agora. E tudo aquilo fazia sentido. Se a colisão foi há 40 milhões ou 50 milhões de anos e a parte sul da Ásia estava lá embaixo, temos uma batida", declarou Peter H. Molnar, professor de geociências da Universidade do Colorado...

FONTE: UOL


Nota do NEFROADVEN:

Cientistas procuram pelas causas dos terremotos. A Bíblia já tem o motivo: a Proximidade da volta de Jesus!!!

Mário Lobato


Nenhum comentário:

Postar um comentário