O plastificante BPA (bisfenol A) pode ser menos perigoso aos recém-nascidos do que se acreditava. Pesquisadores americanos chegaram a esta conclusão em um estudo publicado na revista “Journal of Pediatrics”. De acordo com o estudo, os bebês conseguem metabolizar e eliminar o BPA de seus organismos logo após o nascimento.
A equipe da Universidade Johns
Hopkins em Baltimore (Maryland, EUA) estudou amostras de urina de 44 bebês
nascidos a termo. A primeira amostra foi obtida entre três e seis dias de
idade, e a segunda entre sete e 27 dias de idade. Na sequência, examinaram a
urina quanto à presença de dois compostos: BPA livre (encontrado nesta forma em
produtos) e BPA glicoronida (que é a forma metabolizada e inofensiva de BPA).
O BPA livre não foi encontrado
em nenhuma das amostras de urina, enquanto o BPA glicoronida foi encontrado em
70 por cento. Ao contrário da bilirrubina, a qual os recém-nascidos não
conseguem metabolizar nos primeiros dias de vida, o que resulta em icterícia,
os autores concluíram que os bebês podem eliminar o BPA desde o nascimento.
Ainda não se sabe em que
momento os bebês foram expostos ao BPA. O modo como foram alimentados (leite
materno ou fórmulas) não teve efeito nos níveis. Entre crianças mais velhas e
em adultos, os alimentos são considerados a principal fonte de BPA, embora o
componente químico também seja encontrado em muitos outros produtos. No
entanto, devido à sua meia-vida curta, a transmissão dentro do útero da mãe
para o bebê é improvável.
FONTE: MSD
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