Chris Harper Mercer seria o responsável por um massacre que terminou com 10 mortos em uma universidade do Oregon, nos EUA. Segundo testemunhas, ele perguntou se vítimas eram cristãs. Dez pessoas morreram e sete ficaram feridas no massacre
O atirador que invadiu uma universidade no
Oregon, nos EUA, e fez disparos matando pelo menos nove pessoas nesta
quinta-feira (1º) questionou a religião das vítimas antes de atirar, disseram
testemunhas do massacre. O suspeito também morreu após uma troca de tiros com a
polícia, e sete pessoas ficaram feridas.
O pai de uma sobrevivente disse à CNN que ele
perguntou às vítimas se elas eram cristãs. “Ele disse ‘Bom, porque você é
cristão, você vai encontrar Deus em cerca de um segundo'”, disse Stacy Boylan,
pai de Anastasia Boylan, uma das jovens feridas no ataque. Após a pergunta, o
atirador começou a fazer os disparos.
O autor do massacre na Umpqua Community
College foi identificado pela imprensa americana como Chris Harper Mercer, de
26 anos. As emissoras dizem que o nome foi revelado por diversas fontes policiais.
A polícia ainda não divulgou seu nome
oficialmente e nem deu detalhes sobre as investigações, mas fez buscas na casa
onde ele vivia e falou com seus familiares e amigos. Vizinhos disseram que o
suspeito era uma pessoa reclusa.
Mercer aparece com armas em fotos publicadas
em uma conta do MySpace que acredita-se que era dele. Segundo a CNN, ele estava
com quatro armas, três delas pequenas, e com um colete a prova de balas.
Outra testemunha disse ao jornal “Roseburg
News-Review” que o atirador perguntou a religião dos estudantes antes de
atirar.
Kortney Moore, de 18 anos, disse que viu seu professor ser atingido na
cabeça e que o atirador disse para todos se deitarem no chão. Depois, o
atirador pediu para as pessoas se levantarem e dizerem suas religiões e, então,
começou a disparar, disse a estudante ao jornal local.
Centenas de pessoas fizeram uma vigília nesta
sexta-feira (2) para as vítimas do tiroteio.
O
xerife do condado de Douglas divulgou nesta sexta os nomes e as idades das nove
vítimas. As idades variam de 18 a 67 anos. Os mortos são Lawrence Levine, de 67
anos e professor de redação, Luceiro Alcaraz, de 19, Quinn Glen Cooper, de 18,
Kim Saltmarsh Dietz, de 59, Lucas Eibel, de 18, Jason Dale Johson, de 33,
Sarena Dawn Moore, de 44, Treven Taylor Anspach, de 20, e Rebecka Ann Carnes,
de 18.
O presidente Barack Obama agradeceu aos
policiais que agiram no local e lamentou as mortes em pronunciamento na Casa
Branca, em Washington. Disse que seus “pensamentos e orações” estão com as
famílias das vítimas, mas que dizer isso não é suficiente”. O presidente
criticou a facilidade de se obter armas no país e disse que as mortes em massa
já viraram "rotina".
“Não deveria ser tão fácil para uma pessoa
que queira ferir outras pessoas conseguir uma arma”, afirmou o presidente, sem
esconder sua irritação. “Qualquer pessoa que faça isso tem uma doença em sua
mente”, disse. “Somos uns dos maiores países que assiste a essas mortes em
massa a cada mês”.
Em seu discurso, disse que o país gasta
trilhões de dólares para impedir ataques terroristas no país, mas que o
Congresso impede a reunião de dados sobre mortes por armas. E pediu ao
Congresso para legislar sobre o controle de armas.
A faculdade publicou no Twitter um aviso de
que as atividades programadas para o próximo final de semana foram cancelada e
que o campus ficará fechado até a próxima segunda-feira (5), sem mencionar o
incidente.
A rede CNN informa que a faculdade tem alunos
com idade média de 38 anos. Não é uma faculdade tradicional, mas uma
instituição para pessoas que estão mudando de carreira para atividades mais
técnicas, como enfermagem.
Segundo a Every Town for Gun Safety, uma
iniciativa que luta pela diminuição da violência decorrente de armas de fogo, o
ataque no Oregon foi o 45º em instituições de ensino nos EUA somente em 2015.
Lei no Oregon
O Oregon é um dos estados americanos que
permitem a entrada com armas de fogo no campus das universidades públicas – as
instituições podem proibi-las apenas dentro dos edifícios.
De acordo com o projeto Armed Campuses, que
monitora as leis relativas ao tema em cada estado do país, em 2011 a Justiça
decidiu que as universidades e escolas públicas do Oregon não tinham mais
autoridade para proibir a entrada com armas em seu espaço físico.
A lei permite que cada instituição restrinja
armas somente dentro dos edifícios, alojamentos, centros de eventos e salas de
aula.
A regra não vale para universidades privadas,
que ainda têm o direito de proibir as armas em todo o seu espaço.
FONTE: G1
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