quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Pacientes de diálise altos têm maior risco de morte prematura


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Pacientes de diálise têm maior risco de morte prematura se forem mais altos. Essa é a conclusão de uma análise de dados de pacientes conduzida por pesquisadores irlandeses, que segue ao contrário da tendência da população em geral de que a morte prematura é mais provável nas pessoas mais baixas. Os resultados foram apresentados na revista “Journal of the American Society of Nephrology”.

Cientistas da Universidade de Limerick usaram dados de 1.171.842 pacientes que começaram a diálise entre 1995 e 2008 nos EUA. Eles foram acompanhados por uma média de 1,8 ano.

Achados mostraram que a altura corporal mais alta dos participantes estava associada a um risco maior de mortalidade prematura e menor expectativa de vida. O maior risco foi encontrado em pacientes dos grupos mais altos. A conexão foi mais pronunciada em homens do que em mulheres, mas doenças concomitantes, diferenças no tratamento recebido ou condição socioeconômica não explicaram isso. A duração do tratamento teve um efeito nos pacientes mais altos que recebiam tratamento menor na medida em que ficavam em maior risco de morte prematura.

A correlação entre maior altura e maior risco de mortalidade afetou pacientes caucasianos, asiáticos e ameríndios/nativos do Alasca. Mas em pacientes afro-americanos, assim como na população em geral, descobriu-se ocorrer o oposto: a maior altura estava associada a menor risco de morte.

Os resultados permaneceram inalterados mesmo quando o período de acompanhamento durou cinco anos, disseram os pesquisadores. Continua não sendo claro quais os motivos para essas conexões e como podem afetar os tratamentos.

FONTE: MSD e AJKD




quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dentes não saudáveis custam 442 bilhões de dólares por ano


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Problemas dentários causam anualmente em todo o mundo custos de 422 bilhões de dólares, concluem os autores de um estudo internacional publicado na revista “Journal of Dental Research”. Porém, principalmente doenças dentárias poderiam ser facilmente evitadas com melhores medidas preventivas. Isso economizaria dinheiro e aborrecimento, enfatizam os autores.

A equipe de pesquisadores, liderada por cientistas do Hospital Universitário de Heidelberg, calculou e avaliou custos de tratamento e também perda de produtividade usando fontes de dados, como o banco de dados da OMS, Global Health Expenditure Database, ou o estudo de 2010 sobre carga global da doença, Global Burden of Disease. A perda de produtividade foi calculada por meio de um processo sugerido pela OMS que quantifica a ausência no local de trabalho mediante a redução relacionada a doença do PIB de um país.

Desse modo, os pesquisadores chegaram a custos de US$ 442 bilhões por ano. Desses, US$ 290 bilhões se referem a custos de tratamento e US$ 144 bilhões a perda de produtividade. Por comparação, doenças cardiovasculares custam por ano US$ 474 bilhões em tratamento, enquanto o diabetes leva a custos de US$ 376 bilhões.

“De acordo com a OMS, doenças dentárias estão entre as doenças crônicas mais comuns em todo o mundo. Além dos efeitos negativos na qualidade de vida, o tratamento é muito dispendioso. Mas uma grande parte dessas doenças poderiam ser evitadas com melhor prevenção”, disse o autor do estudo Stefan Listl.

FONTE: MSD



terça-feira, 6 de outubro de 2015

EUA: atirador perguntou se vítimas eram cristãs e atirou: ‘vai encontrar Deus’


Chris Harper Mercer seria o responsável por um massacre que terminou com 10 mortos em uma universidade do Oregon, nos EUA (Foto: Reprodução/MySpace)


Imagem da faculdade onde ocorreram os tiros, na página da UMPQUA Community College em rede social (Foto: Reprodução/Facebook/UMPQUA)


Ambulâncias chegam com feridos ao hospital Mercy, em Roseburg, depois que um atirador disparou nesta quinta-feira (1º) na faculdade Umpqua, no Oregon (Foto: Aaron Yost/Roseburg News-Review via AP)


Estudantes são revistados ao sair da faculdade Umpqua, no Oregon, após atirador invadir e disparar (Foto: Mike Sullivan/Roseburg News-Review via AP)


Vigília em Roseburg, Oregon (Foto: Cengiz Yar Jr / AFP Photo)


Estudantes e familiares se reúnem após o tiroteio que deixou na Umpqua Community College, faculdade comunitária no estado do Oregon (Foto: Ryan Kang/AP)


Chris Harper Mercer seria o responsável por um massacre que terminou com 10 mortos em uma universidade do Oregon, nos EUA. Segundo testemunhas, ele perguntou se vítimas eram cristãs. Dez pessoas morreram e sete ficaram feridas no massacre

O atirador que invadiu uma universidade no Oregon, nos EUA, e fez disparos matando pelo menos nove pessoas nesta quinta-feira (1º) questionou a religião das vítimas antes de atirar, disseram testemunhas do massacre. O suspeito também morreu após uma troca de tiros com a polícia, e sete pessoas ficaram feridas.

O pai de uma sobrevivente disse à CNN que ele perguntou às vítimas se elas eram cristãs. “Ele disse ‘Bom, porque você é cristão, você vai encontrar Deus em cerca de um segundo'”, disse Stacy Boylan, pai de Anastasia Boylan, uma das jovens feridas no ataque. Após a pergunta, o atirador começou a fazer os disparos.

O autor do massacre na Umpqua Community College foi identificado pela imprensa americana como Chris Harper Mercer, de 26 anos. As emissoras dizem que o nome foi revelado por diversas fontes policiais.

A polícia ainda não divulgou seu nome oficialmente e nem deu detalhes sobre as investigações, mas fez buscas na casa onde ele vivia e falou com seus familiares e amigos. Vizinhos disseram que o suspeito era uma pessoa reclusa.

Mercer aparece com armas em fotos publicadas em uma conta do MySpace que acredita-se que era dele. Segundo a CNN, ele estava com quatro armas, três delas pequenas, e com um colete a prova de balas.

Outra testemunha disse ao jornal “Roseburg News-Review” que o atirador perguntou a religião dos estudantes antes de atirar. 
Kortney Moore, de 18 anos, disse que viu seu professor ser atingido na cabeça e que o atirador disse para todos se deitarem no chão. Depois, o atirador pediu para as pessoas se levantarem e dizerem suas religiões e, então, começou a disparar, disse a estudante ao jornal local.

Centenas de pessoas fizeram uma vigília nesta sexta-feira (2) para as vítimas do tiroteio.

O xerife do condado de Douglas divulgou nesta sexta os nomes e as idades das nove vítimas. As idades variam de 18 a 67 anos. Os mortos são Lawrence Levine, de 67 anos e professor de redação, Luceiro Alcaraz, de 19, Quinn Glen Cooper, de 18, Kim Saltmarsh Dietz, de 59, Lucas Eibel, de 18, Jason Dale Johson, de 33, Sarena Dawn Moore, de 44, Treven Taylor Anspach, de 20, e Rebecka Ann Carnes, de 18.

O presidente Barack Obama agradeceu aos policiais que agiram no local e lamentou as mortes em pronunciamento na Casa Branca, em Washington. Disse que seus “pensamentos e orações” estão com as famílias das vítimas, mas que dizer isso não é suficiente”. O presidente criticou a facilidade de se obter armas no país e disse que as mortes em massa já viraram "rotina".

“Não deveria ser tão fácil para uma pessoa que queira ferir outras pessoas conseguir uma arma”, afirmou o presidente, sem esconder sua irritação. “Qualquer pessoa que faça isso tem uma doença em sua mente”, disse. “Somos uns dos maiores países que assiste a essas mortes em massa a cada mês”.

Em seu discurso, disse que o país gasta trilhões de dólares para impedir ataques terroristas no país, mas que o Congresso impede a reunião de dados sobre mortes por armas. E pediu ao Congresso para legislar sobre o controle de armas.

A faculdade publicou no Twitter um aviso de que as atividades programadas para o próximo final de semana foram cancelada e que o campus ficará fechado até a próxima segunda-feira (5), sem mencionar o incidente.

A rede CNN informa que a faculdade tem alunos com idade média de 38 anos. Não é uma faculdade tradicional, mas uma instituição para pessoas que estão mudando de carreira para atividades mais técnicas, como enfermagem.

Segundo a Every Town for Gun Safety, uma iniciativa que luta pela diminuição da violência decorrente de armas de fogo, o ataque no Oregon foi o 45º em instituições de ensino nos EUA somente em 2015.

Lei no Oregon

O Oregon é um dos estados americanos que permitem a entrada com armas de fogo no campus das universidades públicas – as instituições podem proibi-las apenas dentro dos edifícios.

De acordo com o projeto Armed Campuses, que monitora as leis relativas ao tema em cada estado do país, em 2011 a Justiça decidiu que as universidades e escolas públicas do Oregon não tinham mais autoridade para proibir a entrada com armas em seu espaço físico.

A lei permite que cada instituição restrinja armas somente dentro dos edifícios, alojamentos, centros de eventos e salas de aula.

A regra não vale para universidades privadas, que ainda têm o direito de proibir as armas em todo o seu espaço.

FONTE: G1


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Pessoas altas têm mais risco de desenvolver câncer



Propensão aumenta cerca de 18% nas mulheres e 11% nos homens a cada 10 cm.

Um estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, identificou que pessoas mais altas são mais propensas a desenvolver câncer. De acorco com a pesquisa, o risco pode aumentar cerca de 18% nas mulheres e 11% nos homens para cada 10 cm a mais na altura. A relação entre a ocorrência da doença e a altura pode ser ainda mais significativa em alguns tipos específicos de câncer, como o de mama e o de pele.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram os registros médicos de 5,5 milhões de suecos nascidos entre 1938 e 1991 e dados sobre sua altura e acompanharam o progresso médico de cada participante dos 20 anos de idade até o fim de 2011.

No caso do câncer de mama, a chance de desenvolver a doença aumenta 20% para cada 10 cm a mais na altura. Já o risco de melanoma pode aumentar em 30% (em homens e mulheres) também para cada 10 cm de altura. Para explicar, a relação entre altura e risco de desenvolver a doença, os cientistas apontam algumas hipóteses como maior exposição ao hormônio do crescimento na infância, maior número de células no corpo, alta ingestão de caloria e maior superfície de pele exposta ao sol (o que pode implicar em chance maior de desenvolver melanoma).

Em relação ao hormônio do crescimento, a sua influência sobre ocorrência de câncer pode estar relacionada ao aumento no número de células no corpo.

"Sabemos que, nos humanos, o hormônio do crescimento não estimula só o crescimento ósseo, mas tamb[em o crescimento celular e bloqueia a morte de células. Então, o nível de exposição ao hormônio do crescimento pode interferir no risco de câncer aumentando o número de células no corpo", afirmou o professor Mel Greaves, do Instituto de pesquisa do câncer, em Londres, ao jornal "The Independent".

Os pesquisadores destacam, porém, que existem outros fatores de risco mais fortes que a altura e que a pesquisa não possibilita estimar propensão individual de desenvolvimento da doença.

“É difícil prever o impacto disso a nível individual, considerando que o desenvolvimento de câncer é complexo e depende de muitos fatores diferentes. Acreditamos que existem fatores de risco muito mais fortes para o desenvolvimento da doença que a altura, alguns dos quais também são evitáveis como o tabagismo e a obesidade. Identificar diferentes fatores de risco para o câncer pode ser o primeiro passo para entender os mecanismos por trás da doença”, afirmou a pesquisadora Emelie Benyi.

A pesquisa será apresentada na Conferência de Endocrinologia de Barcelona. Segundo os cientistas, os resultados não foram influenciados por fatores socioeconômicos.


FONTE: O Globo